Um jovem de 20 anos foi morto a tiros na madrugada desta sexta-feira (28/6) em uma briga de boate, no Distrito Federal (DF). Os disparos partiram de um policial militar, dentro do recinto.
Conforme a Polícia Civil (PC), a briga aconteceu em uma boate localizada quadra 47 do Itapoã, DF. A vítima, Ithallo Matias Gomes, de 20 anos, foi atingido no abdômen e levado ao Hospital Regional de Santa Maria (HRS) em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e acabou vindo a óbito.
Segundo a PC, existem diferentes versões sobre o ocorrido, que já está sendo investigado. Após o crime, o sargento da PM identificado como Carlos Eduardo Lopes Vidal se apresentou espontaneamente na 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá. Ele não foi preso em flagrante.
Após o disparo, o militar Carlos Eduardo Lopes Vidal foi pessoalmente até a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá. Ele não foi preso em flagrante.
A perícia também não chegou a ser acionada, porque o local do crime havia passado por limpeza quando os policiais chegaram. O caso está sendo investigado como homicídio, roubo e morte por intervenção de agente do Estado. Começamos a diligenciar para saber o que de fato havia ocorrido. Fomos ao estabelecimento e estava tudo fechado. Isso é muito preocupante. Desfizeram o local do crime. Tudo foi limpo e não tinha vestígios. Precisamos investigar o motivo dessa conduta”, frisou a delegada.
As diferentes versões sobre o caso do sargento da PM que matou jovem em briga de boate no DF
A Polícia Civil está investigando o caso, e diferentes versões sobre o ocorrido foram apresentadas.
Em depoimento à Polícia Civil, o sargento Carlos Eduardo disse ter reagido a uma tentativa de roubo. A vítima teria conseguido pegar a arma PM, que estava presa à cintura, quando ele deixava o bar. Segundo ele, os dois teriam brigado pela arma e “a pistola acabou disparando”.
Entretanto, testemunhas parecem não concordar com a versão do PM. A um jornal de Brasília, uma mulher que alega ter um caso extraconjugal com Carlos Eduardo contou que o disparo foi motivado por uma briga entre o sargento e dois homens que faziam parte do grupo de amigos dela.
Conforme a suposta amante do sargento, os colegas “foram tirar satisfação” com o militar logo que ele a abraçou, por acharem que estava “dando em cima” dela de forma forçada. Segundo a mulher, o sargento estava acompanhado de dois amigos, um deles, agente penitenciário.
Durante a confusão, Carlos Eduardo teria levado um soco no rosto e avançado sobre o agressor, dizendo que estava armado. A mulher conta que tentou segurar o braço do sargento, mas foi empurrada por ele. Então, o amigo dela teria saído correndo e sido perseguido pelo militar, com a arma em mãos.
Ainda de acordo com a mulher, quando o PM atirou, atingindo Ithallo, o homem que lhe havia dado um murro estava sendo imobilizado no chão pelo agente penitenciário.
Procurada pelo Dia Online, a delegada do caso declarou que o militar apresentou-se espontaneamente na delegacia. A arma de fogo do policial foi apreendida, e testemunhas estão sendo ouvidas ao longo do dia.