Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (26/6) pela Polícia Federal (PF) a Operação Sine Causa, que investiga o desvio de R$ 12 milhões do Banco do Brasil (BB) através de linhas de créditos a empresários e laranjas.
Conforme as informações divulgadas pela PF, um dos investigados é um ex-gerente da instituição bancária de Crixás, no norte do estado, que é uma das cidades onde são cumpridos os mandados de busca e apreensão.
De acordo com a publicação do G1, as investigações sobre os desvios mostram que o grupo, juntamente com o ex-gerente da instituição fraudavam finaciamentos em três linhas de crédito no banco sendo elas: Financiamento de Desenvolvimento Rural (FCO Rural); Financiamento para Investimento dos Médios Produtores Rurais (Pronamp Custeio) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultara Familiar (Pronaf).
Ex-gerente do Banco do Brasil facilitava a abertura dos créditos
De acordo com as informações divulgadas pela PF, os desvios só foram possíveis em razão da participação do funcionário do banco. Conforme as investigações, o ex-gerente facilitava a abertura de contas e aprovava os créditos com prazos meteóricos. Em um dos casos investigados, a PF afirma que um dos pedidos de crédito foi aprovado no mesmo dia que foi solicitado.
Conforme a polícia, a operação cumpre na data de hoje 25 mandados de busca e apreensão. As cidades alvo da ação da PF são Crixás, Anápolis, Goiânia, Nova América, Nova Crixás e Rubiataba. O Dia Online entrou em contato com a assessoria de imprensa do banco em busca de um posicionamento sobre a operação e por meio de nota informou que mantêm uma estrutura dedicada a prevenção de fraudes. Conforme a nota divulgada, em relação a operação deflagrada hoje, o BB afirmou que todos caso foi descoberto em 2011 e os funcionários em envolvidos demitidos no ano seguinte.
Confira a nota
“Em relação à operação Sine Causa, o Banco do Brasil informa que mantém estrutura dedicada à prevenção a fraudes. A conduta de funcionários do Banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar, com soluções administrativas que vão desde a advertência e suspensão até destituição do cargo, até a demissão sem justa causa e demissão por justa causa.
Em relação ao fato noticiado, a fraude foi descoberta pelo BB em 2011 e os funcionários envolvidos, inclusive o que foi detido pela Polícia Federal, foram demitidos no final de 2012, após responderem processo administrativo.
O BB ofereceu notícia-crime às autoridades competentes em 2013. Todas as informações necessárias à investigação foram repassadas às autoridades.
A apuração realizada permitiu, antes mesmo da conclusão do processo disciplinar, aprimorar os processos e adotar medidas preventivas. O Banco não informa valores envolvidos, mas antecipa que não houve prejuízos aos seus clientes”.