Os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia aprovaram nesta terça-feira (18/6), em segunda e última votação, o projeto enviado pelo prefeito Iris Rezende que permite a ele contrair um empréstimo de R$ 780 milhões de reais junto à Caixa Econômica Federal (CEF). O empréstimo será um dos maiores já adquiridos pela Prefeitura de Goiânia.
O crédito é considerado um dos mais altos já solicitados, e será destinado para o Financiamento à Infraestrutura (Finisa). De acordo com a assessoria da Câmara, o secretário de Finanças, Alessandro Melo, esteve na reunião atendendo convite da presidente da CCJ para responder questionamentos dos vereadores, antes do projeto ser aprovado em 1ª votação.
O secretário justificou na ocasião que a Prefeitura vai economizar cerca de R$188 milhões fazendo empréstimo junto a um banco brasileiro, em real, do que os já realizados pela gestão anterior, cotados em dólares com o Banco Andino e o Banco Credit Suisse.
Vereador que votou contra empréstimo à Prefeitura de Goiânia pela CEF justificou seu voto
O empréstimo foi aprovado em 1ª votação na última quinta-feira (13/6). Na ocasião, o vereador Lucas Kitão (PSL), que foi contra o projeto nas duas votações, explicou seu voto. Segundo Kitão, uma diligência ao Banco Central (BC) foi solicitada por ele e posta em votação, mas o requerimento não obteve votos o suficiente. Ele conta que o objetivo da diligência era coletar informações técnicas sobre a viabilidade da operação de empréstimo, uma vez que incongruências teriam sido detectadas por ele.
“Eu pontuei a incoerência do prefeito. O empréstimo [de R$ 780 milhões] será dividido em 120 parcelas. Ou seja, o prefeito vai deixar a conta para as gestões futuras. Além disso, chamei a atenção para o fato de já ter dinheiro em caixa, R$ 160 milhões”, explicou.
Lucas Kitão também demonstrou não concordar com o destino do valor solicitado pelo prefeito. “Saúde em estado deplorável, investimento em mobilidade zero, por que todo esse dinheiro para um viaduto?”, questionou.