O Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) de 2019 ainda não foi lançado devido aos débitos dos prêmios da edição do ano passado, de acordo com o secretário estadual de Cultura, Edival Lourenço. Em audiência pública ocorrida na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na tarde desta segunda-feira (10/6), o responsável pela pasta explicou que “não tem moral” para lançar um novo Fica antes de quitar os “restos” do festival anterior.
De acordo com o secretário, os prêmios do Fica 2018 ainda não foram pagos, incluindo valores de R$ 280 mil. “Não tenho moral para lançar um novo Fica sem quitar os ‘restos a pagar’ do Fica de 2018”, afirmou. Lourenço informou ainda que aguarda um parecer da Controladoria Geral do Estado de Goiás (CGE) para decidir o que fazer.
“O governo fez um decreto que estabelece 90 dias para colocar as prioridades dos restos a pagar, e eu já levei para o governador a preocupação de fazer o Fica de 2019. É um compromisso de Estado, então eu submeti essa questão à Controladoria e estou aguardando um parecer da CGE sobre o Fica para decidir o que fazer”, destacou o secretário. Ainda de acordo com ele, o mesmo vale para a Mostra Canto da Primavera e o Festival de Porangatu.
O Fica
O Fica ocorre desde 1999 na Cidade de Goiás, geralmente no mês de junho. O festival foi idealizado por Luiz Felipe Gabriel, Jaime Sautchuk, Adnair França e Luís Gonzaga e se tornou no marco na cultura em Goiás. Desde a primeira edição, o festival tem crescido e se consolidado. Uma das causas dessa ascensão é o fato de possuir a maior premiação da América Latina no gênero: R$ 240 mil em prêmios.
Segundo a organização, a vigésima edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), ocorrida em 2018, reuniu um público de 40 mil pessoas em seis dias de evento. Cerca de 6 mil visitantes passaram pelas salas de cinema, mesas de meio ambiente, de cinema e oficinas e minicurso realizadas na edição.