O plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em segunda e última votação, a data-base do servidor municipal. Em sessão realizada nesta terça-feira (11/6), foi votado e aprovado o projeto do prefeito Iris Rezende (MDB) que concede revisão geral dos salários dos servidores públicos do município. O projeto fixa o reajuste em 4,67%, e agora segue para sanção ou veto do prefeito.
No projeto aprovado, foi acrescido também uma emenda do vereador Izidio Alves (PR), estendendo o benefício aos servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia, a Comurg.
Conforme a Câmara, no último dia 4/6, quando foi votado em primeira discussão, os vereadores da base de apoio do Paço votaram contra o acolhimento de duas emendas da vereadora Tatiana Lemos (PCdoB), em que ela propunha um reajuste de 4,94% (piso nacional) e em parcela única. Entretanto, foi aprovado o reajuste de 4,67%, dividido em duas parcelas: 1º de maio e 1º de outubro.
As emendas haviam sido aprovadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
Vereadoras da Câmara Municipal de Goiânia criticam parcelamento do reajuste salarial
A vereadora Dra. Cristina, do PSDB, e Tatiana Lemos criticaram o índice proposto pelo Paço e o parcelamento do pagamento em duas parcelas. De acordo com Garcêz, o parcelamento é um prejuízo para o servidor. “A reposição é uma obrigação constitucional, e o prefeito não está fazendo nenhuma graça ao funcionalismo. Ademais, se quisesse fazer justiça ele deveria pagar os dois anos que deixou de cumprir”, disse a tucana.
Já Sabrina Garcêz, do PTB, disse que o parcelamento é “uma cusparada na cara do servidor”. “Pagar o reajuste é um direito e não uma benesse. Parece que para o prefeito só vale o discurso da austeridade para o servidor, enquanto a máquina da Prefeitura contrata sem parar comissionados”, declarou.
Por sua vez, Tatiana Lemos, que teve duas não acolhidas pelo plenário, garantiu que o servidor não irá o índice de 4,67% proposto pelo prefeito. “Pelos cálculos que fizemos, a média desse reajuste será de 3,5%, sem contar o abuso desse aumento não ser retroativo. É mais um calote do Paço contra o servidor. É triste, lamentável. Defendo um aumento de 4,94% em parcela única”.
O líder do prefeito na Câmara, Oséias Varão (PSB) considera “politicagem” sem fundamento criticar o aumento concedido pelo prefeito. “O projeto é consciente na aplicação do índice local. Também não é contra o servidor o parcelamento do pagamento. É apenas uma medida de cautela e responsabilidade para se adequar às finanças da Prefeitura”, finaliza.