Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) mira traficantes de Goiás e Minas Gerais que vendiam drogas sintéticas em festas que ocorriam em Brasília. Ao todo, são cumpridos, na manhã desta segunda-feira (27/5), 29 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão nos dois estados e no Distrito Federal.
As investigações apontam que as drogas eram transportadas de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis e vendidas “em larga escala” em raves que ocorriam em Brasília. Entre os suspeitos estão DJ’s, empresários e motoristas de aplicativos, que seriam os responsáveis pela distribuição das drogas. Duas casas de shows também são alvos da operação.
Batizada de Operação Tridente, por envolver três estados, a ação é feita pela Coordenação de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), com apoio da Coordenação de Repressão as Drogas (Cord) e das Polícias Militares de Goiás e de Minas Gerais. Ao menos 150 policiais atuam nas diligências.
Traficantes de Goiás e Minas Gerais forneciam ecstasy e LSD, aponta investigação
A apuração teve início há sete meses. Os envolvidos no esquema criminoso, que moram em Goiás e Minas Gerais, são fornecedores de ecstasy e LSD. De acordo com informações da PCDF, as drogas abasteciam a capital do país por meio de uma complexa rede de distribuição.
Conforme as investigações, existe a suspeita de que os motoristas de aplicativo, contratados para fazer o transporte das drogas sintéticas, também lucravam com o esquema de tráfico.
Primeira fase
A primeira fase da Operação, denominada de “Arpão”, ocorreu em outubro do ano passado. Oito pessoas foram presas por tráfico de ecstasy, LSD e maconha. De acordo com as primeiras investigações, os envolvidos no esquema eram todos membros de uma mesma família.
Os investigadores constataram que a “família do tráfico” era proprietária de um bar no Itapoã, no Distrito Federal, usado como fachada para a venda dos entorpecentes. As drogas também eram transportadas de Goiânia para a capital federal.