Robson Giorno, de 45 anos, era um crítico jornalista no município Maricá, no Rio de Janeiro, e pretendia ser prefeito quando, na noite de sábado (26/5) foi morto a tiros.
Segundo informações do Jornal O Dia, o jornalista estava na porta de casa às 22h no bairro Boqueirão quando foi baleado pelo atirador que se aproximou em um Palio prata.
Além de dono do jornal O Maricá, Giorno era filiado ao partido Avante e pretendia concorrer, no pleito do ano que vem, a prefeito.
Assim que soube da morte do jornalista, a Polícia Civil foi à região em que ocorreu o assassinato para colher depoimentos de familiares.
Os policiais procuraram testemunhas e imagens de câmeras de segurança que possam contribuir com a identificação do automóvel usado e os assassinos.
Segundo fontes ouvidas pelo repórter do Jornal O Dia, Rafael Nascimento, a polícia não vai descartar nenhuma hipótese de motivação, mas que a principal delas é a de crime político.
Dez dias antes de morrer, jornalista publicou reportagem contra político do Rio de Janeiro
O jornalista e sua equipe divulgaram diversas reportagens contra políticos locais. Dez dias antes de ser morto a tiros, Robson Giorno publicou uma investigação contra o deputado federal do PSL, Filippe Poubel.
Segundo a reportagem de Giorno, o deputado teria adquirido uma mansão na cidade avaliada em R$ 1 milhão.
A mesma reportagem investigativa indicava que o político do PSL não teria condições de comprar um imóvel com este valor já que ele teria declarado R$ 55 mil em bens.
Robson, depois de a reportagem ser publicada, disse que procuraria a Polícia Federal (PF) para que o órgão investigasse o caso.
Dias depois foi morto a tiros enquanto chegava caminhando em casa e sem realizar o sonho de ser prefeito do município.
Enquanto o corpo do jornalista era velado e sepultado, nenhuma palavra mais foi publicada no site O Maricá.