O caseiro José Cláudio Facundo da Silva, de 40 anos, conhecido como “Ceará”, desapareceu no dia 16 de maio, há exatamente 7 dias, quando chegou às margens do Rio Meia Ponte, em Piracanjuba, no interior de Goiás, onde marcou encontro com um advogado.
Acompanhado do dono de uma chácara com quem trabalha, José trocou poucas palavras com o advogado. De repente, uma caminhonete passou por eles, deu meia volta e dois homens o renderam.
Segundo a única testemunha contou à família de José, os homens amarraram as mãos dele e o colocaram no banco de trás do automóvel.
Um deles ainda teria dito à testemunha para que não olhasse para eles, não anotasse o número da placa e nem dissesse nada à polícia e à família.
Filha chora por caseiro sequestrado após marcar encontro com advogado, em Piracanjuba
Pouco antes de ser levado, José conversou com a filha, uma meninazinha de 5 anos que chora sempre que lembra do pai. “Ele disse que ia pegar a bicicletinha dela na oficina”, conta a companheira, Tainara Machado Souza.
“Pega a minha bicicleta, mamãe. Você tem dinheiro para ir lá?”, pergunta a menina, enquanto a mãe fala ao telefone com o Portal Dia Online.
José mora há 9 anos em Goiás e trabalha na região cuidando de vacas, bois, galinhas e porcos. Além disso, roça pasto, planta horta e cuida da manutenção da sede de uma chácara, onde mora a última pessoa que viu José antes de desaparecer em um carro em alta velocidade indo rumo à Pontalina.
Segundo Tainara, que presenciou diversas ligações do companheiro com o advogado, as conversas eram tensas e envolviam a briga por causa de gados que José teria deixado aos cuidados de um fazendeiro da região.
A reportagem do Portal Dia Online tentou contato com o titular da delegacia onde o caso foi registrado em Piracanjuba, mas o delegado Leílton Benedicto de Arruda Barros não atendeu às ligações.
Na delegacia, um agente não quis informar quando o delegado chegaria. “Essa informação eu não passo por telefone”, disse.