O adolescente João Carlos de Souza Silva, de 14 anos, foi assassinado a tiros, no Setor Vida Nova, na periferia de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, em Goiás, na noite de domingo (21/5).
O adolescente é conhecido pelos policiais militares e civis no município. Apreendido desde os 11 anos flagrado cometendo atos infracionais, foi levado à Central de Flagrantes de Trindade pelo menos duas vezes este ano.
O adolescente já foi flagrado cometendo furtos e, pouco tempo depois, roubos, venda de drogas e um latrocínio.
Em algumas ocorrências, Joãozinho, como era chamado, se irritava com os policiais. Por isso acabou com passagens, também, por desacato.
Crimes na infância: assassinado a tiros era suspeito de matar motorista em assalto, em Goiás
Joãozinho ainda era suspeito de participar de um assalto que terminou com a morte de um motorista de caminhão que fazia entrega em um supermercado.
Segundo a Polícia, Joãozinho e outro adolescente, montados em uma bicicleta, abordaram o motorista Deuzelino Francisco da Conceição, de 56 anos, na tarde do dia 29 de outubro de 2015.
O motorista fazia uma entrega na Rua Luiz Iassum Iabagata, nas proximidades de onde Joãozinho seria morto quatro anos depois.
Conforme a Polícia Militar divulgou à época, um dos adolescentes sacou a arma e anunciou o assalto. O motorista disse que não tinha dinheiro e foi baleado. Deuzelino morreu dentro do caminhão.
Os pais do adolescente foram assassinados sob suspeita de envolvimento com o crime. O avô dele também foi assassinado há três meses.
“Era um perdidinho”, comenta um agente da Central de Flagrantes por telefone.
Joãozinho foi morto enquanto conversava com um amigo em cima de sua bicicleta, uma “monark” preta. Ele vestia uma desgastada camisa do Goiás Esporte Clube.
Cercado por curiosos de uma rua próxima de onde teria matado o motorista, o jovem foi filmado e fotografados. As imagens circularam pelas redes sociais.
O delegado que investiga o caso, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Trindade, informou ao Dia Online que não comentaria o caso. “Não falo de casos durante sua investigação”, disse ao telefone.