Diferente de outros casos noticiados recentemente por esse portal de notícias, uma mulher ao invés de abandonar ou matar a filha recém-nascida, optou por dar a criança a um casal para adoção. Entretanto a mãe da menina após dar o bebê para os pais adotivos se arrependeu e tentou ter a guarda recém-nascida novamente, porém o casal não quis devolver a menina e na última terça-feira (14/5) a mãe do bebê procurou a Delegacia Estadual de Proteção à Criança ao Adolescente (DPCA) para recuperar a filha.
O Dia Online conversou sobre essa situação com a delegada Ana Elisa Martins responsável pela DPCA, que afirmou que foi um caso bem delicado, pois conforme a investigadora a ação é considera crime no Código Penal Brasileiro (CPB) com pena prevista de dois a seis anos de reclusão.
“Segundo a mãe da criança nos contou, ela tem outros três filhos e estava em dificuldades financeiras e por isso resolveu dar a filha para adoção”, explica Ana Elisa Martins. De acordo com a delegada, a irmã da mulher foi quem intermediou as conversas com o casal que estava interessado na bebezinha, que acompanhou o final da gestação.
“Ela teve a menina no dia 9 de maio e no dia 10 recebeu alta do hospital. Na maternidade, o homem do casal interessado na menina, registrou a criança no nome da mãe biológica e ele como pai da menina”, conta a delegada.
Casal que adotou recém-nascida deu carona para a mãe biológica da criança e depois foi embora com a criança
Ana Elisa Martins afirmou que no dia que recebeu alta, o casal deu carona para a mãe biológica da menina até sua residência, e depois foram embora com a menina. Todavia, apesar das dificuldades, a mãe da recém-nascida se arrependeu e tentou reaver a filha, mas o casal que a adotou se negou a entregar a menina e afirmou que “não tinha volta”.
“Ela esteve na delegacia anteontem, ou seja terça-feira dia 14 e relatou a história. Nós descobrimos o endereço do casal e estivemos na casa deles hoje e convidamos eles para vir à delegacia prestar depoimento”, relata a delegada.
A investigadora afirmou que o casal confirmou a história contada pela mãe da criança e diante da situação o Conselho Tutelar e o Juizado da Infância e Juventude foram chamados para acompanhar o caso e tentar encontrar uma solução.
Ana Elisa Martins afirmou que a menina estava bem cuidada pelo casal e que diante da situação, o juizado levou a recém-nascida para um abrigo. “Ela foi levada para um abrigo pelo juizado que agora vai decidir com quem a recém-nascida deve ficar”, conclui a delegada.