Após uma aluna denunciar que estava sendo assediada por um professor do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Gabriel Issa, em Anápolis, o educador foi afastado do cargo pela direção do colégio. O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do município. Conforme matéria veiculada em um jornal local, o caso ganhou repercussão após estudantes divulgarem a situação pela rede mundial de internet com a hashtag #QuemOmiteConsente.
Após receber a denúncia, a direção do Colégio publicou uma nota na última terça-feira (14/5) em seu Instagram oficial comunicando o afastamento do professor das funções. No início da semana a direção também havia se posicionado sobre o caso e afirmou na ocasião que o ocorrido foi repassado as autoridades competentes.
A escola afirmou ao periódico que a adolescente recebia mensagens de cunho sexual do professor. O educador, que não teve o nome revelado, afirmou em uma outra rede social que não usa a rede em que as mensagem foram trocadas com a menina há cerca de três anos e que vai provar que alguém se passou por ele.
Caso viralizou nas redes sociais e uma campanha com a hashtag #QuemOmiteConsente foi criada para divulgar os casos
Após a denúncia da aluna contra o professor, o caso viralizou nas redes sociais com várias pessoas entre estudantes e ex-alunos da escola ao compartilhar publicações com a hashtag #QuemOmiteConsente, criticando o comportamento do educador. Além dos comentários que foram gerados nas redes sociais, uma campanha também está rolando no Instagram com a hashtag #QuemOmiteConsente.
O Dia Online entrou em contato com a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) em busca de um posicionamento sobre o caso que em nota afirmou que é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC) qualquer esclarecimento sobre o tema. A reportagem entrou em contato com a Seduc que por meio de nota informou que vai ser aberto o processo de sindicância, para apurar a veracidade das denúncias e que caso seja comprovado o assédio sexual, vai ser instaurado um processo administrativo contra o professor.
Confira a nota
“Em relação à denúncia de assédio sexual envolvendo um professor e uma aluna do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Gabriel Issa, em Anápolis, a Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) esclarece que será aberta uma sindicância, sob a responsabilidade da Gerência de Processo Administrativo Disciplinar, para averiguar os fatos e se houver veracidade na denúncia será instaurado um Processo Administrativo (PAD) contra o professor. Como medida de segurança para todos os envolvidos e para que a apuração dos fatos ocorra dentro da normalidade, a Seduc já afastou o professor da unidade escolar onde lecionava.”