A ex-senadora Lúcia Vânia foi mantida como presidente estadual do PSB, a decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (15/5) pelo juiz Luis Carlos de Miranda, que além de manter à ex-senadora no cargo, ordenou a volta dos outros membros da Comissão Executiva do Diretório Estadual do PSB de Goiás. Lúcia Vânia assumiu o cargo no dia 14 de dezembro de 2017 e o mandato vai até 14 de dezembro de 2020.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tornou na última sexta-feira (10/5) o deputado federal por Goiás, Elias Vaz (PSB) presidente do diretório estadual. Durante um evento do partido, o presidente da sigla não comentou a situação e apenas afirmou que Lúcia Vânia era página virada.
Em abril deste ano o diretório nacional do partido interveio na legenda em Goiás. Conforme a publicação de um jornal local, o presidente nacional do PSB afastou todos os membros da executiva de Goiás, alegando temer uma gestão temerária e infidelidade partidária. Siqueira afirmou que em Goiás a sigla estava com uma dívida de aproximadamente R$ 700 mil e que somado aos repasses somaram R$ 1,7 milhão entre janeiro de 2018 e março de 2019.
Defesa da ex-senadora apontou irregularidades no processo para afastá-la do cargo
A defesa da ex-senadora propôs a ação contra o afastamento de Lúcia Vânia da presidência do partido e afirmou que não foi dada oportunidade para ela se defender e ainda apontou que houve irregularidades no processo que afastou a ex-senadora da presidência do diretório estadual.
Ao analisar o pedido de defesa da ex-senadora, o magistrado afirmou que não houve convocação da Comissão Executiva para ratificar a decisão tomada pelo presidente. “Em consulta ao site do PSB, observe que a única convocação da Comissão Executiva Nacional ocorreu para debater a Reforma da Previdência, e, se não bastasse isso, houve uma cerimônia de posse do novo presidente do Diretório do PSB-GO, no último dia 10 de maio de 2019”, justificou o juiz em sua decisão.
A ex-senadora afirmou após ser mantida no cargo que a decisão da Justiça mostrou que não houve ilicitude ou irresponsabilidade de sua parte à frente da sigla em Goiás. “Quanto mais eu acertava as coisas, mais ele reduzia o passive e depois colocou como irresponsabilidade”, crítica Lúcia Vânia. De acordo com Lúcia Vânia o mais importante não foi retornar ao cargo, mas provar sua inocência no processo.