Um morador de rua foi vítima de uma tentativa de homicídio na madrugada desta quarta-feira (17/4) no centro do Gama, no Distrito Federal (DF) após uma mulher atear fogo em seu corpo com ele ainda vivo, após a vítima se recusar a ir comprar mais bebidas alcoólicas para o grupo.
O Dia Online entrou em contato com o delegado chefe do 14º Departamento de Polícia do Gama, Welligton Barros Pereira, responsável pela investigação, identificou os envolvidos como Kelly Naiara do Nascimento, conhecida também pelo apelido de Carlinha e Dorivan da Silva Mota.
“Eles estavam reunidos em grupo na rua e fazendo o uso de bebida alcoólica e de crack, em determinado momento a mulher que é usuária de drogas pediu para a vítima ir comprar mais bebidas, mas ele se negou. Nesse momento a suspeita pegou um galão com álcool e aproveitou que ele estava deitado para jogar o álcool nele e atear fogo contra o seu corpo”, conta o delegado.
Segundo o delegado outras testemunhas que estavam no local, ajudaram a apagar o fogo do corpo de Dorivan e indicaram Carlinha como autora da tentativa de homicídio. “Outros integrantes do grupo que estavam no local, após ver Dorivan em chamas se juntaram para apagar o fogo. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi chamado para atender a ocorrência e após o fogo ser apagado, a vítima foi levada para o Hospital Regional do Gama (HRG) e em seguida para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) que é referência no tratamento de queimaduras”, explica Welligton Barros.
Veja o vídeo do momento que outros moradores de rua apagam o fogo do corpo de Dorivan:
Mulher que ateou fogo em morador de rua foi presa depois do almoço e confessou o crime
Conforme o delegado após o início das buscas, Carlinha que é apontada com autora da tentativa de homicídio foi presa depois do almoço, em flagrante pelo crime e confessou o ser a autora do atentado. “Ambos são moradores de rua e o Estado tentou interná-los, pois eles tem passagens pelos órgãos de internação mas eles não aceitaram”, explica o delegado.
Welligont Barros afirma que a autora foi indiciada por homicídio qualificado por uso de fogo e pode pegar uma pena de 12 a 30 anos, mas que pode ser reduzida de um a dois terços, pois é considerado tentativa, uma vez que Dorivan não morreu.
Segundo Welligton Barros o último boletim médico que a equipe policial recebeu é que Dorivan está internado no HRAN e seu estado de saúde é estável. O delegado afirmou ainda que nos próximos dias a suspeita de atear fogo no colega em situação de rua vai passar pela audiência de custódia e a mesma pode ter a prisão em flagrante convertida em preventiva.