A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu na manhã desta terça-feira (16/4) outro mandado de prisão contra a advogada Thais Santos da Cruz, de 25 anos, investigada por recrutar jovens pela internet, planejar assalto e fingir sequestro para fugir polícia. O caso ocorreu no dia 8 deste mês, em Bonfinópolis, Região Metropolitana de Goiânia.
De acordo com informações da corporação, a jovem recrutou dois jovens por uma rede social, onde se identifica como Scarlate, levou os rapazes, que estavam armados, até Bonfinópolis, e indicou a eles o estabelecimento empresarial que deveria ser assaltado. Durante a fuga, para fugir da polícia, Thaís alegou ser vítima de sequestro dos autores.
Já em um vídeo divulgado pela PC, os dois envolvidos no crime contam que conheceram Thais pela internet e que a convidaram para levá-los ao local do crime. O mandado de prisão preventiva, expedido pela comarca de Leopoldo de Bulhões, foi cumprido por agentes da Delegacia de Bonfinópolis, sob coordenação do delegado Carlos Levergger.
Advogada é investigada por mais crimes
Na última quarta-feira (10/4), Thais foi autuada em flagrante pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DERFRVA), em Goiânia, como sendo a autora intelectual do roubo de uma picape, ocorrido na Vila Morais. Ela, que deu cobertura no momento do assalto, Marco Antônio de Jesus e Alessandra Caroline Eugênio França, autores do crime, foram presos em flagrante.
O casal assumiu o roubo, mas não contou que foi a mando da advogada. Thais negou envolvimento no crime e disse que atuava como advogada de defesa dos dois. As investigações apontaram que Thais já utilizou esse modus operandi em outras situações para escapar de ações da polícia, alegado ser advogada e estar exercendo seu ofício.
No dia 12, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), decretou a prisão preventiva da advogada por suspeita de participação em assaltos em Goiânia. A decisão foi proferida pela juíza da 6ª Vara Criminal, Placidina Pires. Na decisão, a magistrada ponderou que “embora ela não tenha participado ativamente da abordagem do ofendido, tanto que não foi por ele reconhecida, observo que supostamente deu apoio a Marco e Alessandra, auxiliando-os logo após a prática delitiva, de forma que, à luz da teoria do domínio do fato, ela seria, pelo menos a princípio, uma das autoras da infração penal em apuração.”
Conforme a Polícia Civil, Thais Santos continua sendo investigada. Outros detalhes sobre o caso serão dados em coletiva de imprensa, marcada para às 11h de hoje, na 2ª Delegacia Regional, em Aparecida de Goiânia.