Presos durante a Operação Decantação 2 da Polícia Federal (PF), deflagrada na última quinta-feira (28/3), o casal de proprietários da Sanefer, Carlos Eduardo Pereira da Costa e Nilvane Tomás de Sousa Costa, tiveram o pedido de habeas corpus concedido na tarde deste domingo (31/3) pela desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso.
Com o habeas corpus para liberação do casal, todos os cincos presos durante a operação foram liberados. O ação da PF, investiga o desvio de verbas da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago).
Durante ação foram cumpridos cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão, um dos mandados de busca e apreensão foi em um condomínio em que mora o ex-governador de Goiás, José Elton (PSDB).
A desembargadora alegou que não havia nenhum fato ou atuação para que os casal fosse mantido preso. No dia anterior a magistrada havia concedido o habeas corpus de Luiz Alberto de Oliveira (Bambu), que chegou a chefiar o gabinete do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), a filha dele, Gisella Albuquerque.
Advogado do casal preso durante a Operação Decantação 2 afirmou que dinheiro encontrado foi declarado no imposto de renda
No dia da ação da PF, os policiais encontraram com o ex-chefe de gabinete e com a filha dele o equivalente a R$2,3 milhões de reais.
Segundo a publicação de um Jornal local, o advogado do casal, Pedro Márcio Siqueira, afirmou que o dinheiro é de origem lícita e declarado no Imposto de Renda, pela compra de um apartamento. Em relação as armas encontradas cm o casal, o advogado afirmou que todas são registradas conforme determina a lei.
Além deles também foi preso o ex-diretor de gestão corporativa da Saneago, Robson Salazar e ele foi o primeiro a ter o pedido de liberdade concedido pela desembargadora. Os advogados de defesa do ex-diretor afirmaram que a prisão dele foi desnecessária e que a defesa prévia do seu cliente foi feita há mais de um ano, mas não foi apreciada.
O ex-governador José Eliton poderia ter sido preso durante a operação, porém o pedido contra o ex-gestor foi negado por um juiz federal. Na última sexta-feira (29/3), o ex-governador compareceu à sede da PF em Goiânia para prestar depoimento sobre as denúncias e negou todas as acusações.