Vestida de preto, com óculos escuros e o rosto encoberto, uma mulher chegou na manhã desta quinta-feira (28/3) ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Ela é ex-funcionária de João Teixeira de Faria, o médium João de Deus, de 77 anos, e quer contar tudo o que sabe sobre os crimes cometidos pelo religioso.
É no MP que se aglomeram centenas de denúncias contra o médium que o levou à prisão em dezembro do ano passado. João de Deus, internado no Instituto de Neurologia de Goiânia (ING), nega todas as acusações.
Sem ter o nome divulgado, a mulher foi filmada por uma equipe da Record TV Goiás acompanhada de advogado entrando no MP.
A Assessoria de Imprensa do órgão não confirmou, mas também não negou a presença da mulher, que seria investigada.
Para o Portal Dia Online, o advogado de João de Deus, Alberto Toron, informou que não sabe a identidade “muito menos o que ela tem a dizer”. Segundo ele, não saber sobre a delação é comum porque pouco ou nada sabe sobre as acusações contra o cliente. “Já falei algumas vezes que não temos acesso às informações. Tivemos de recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o direito da defesa de conhecer o processo”, disse.
O médium está internado no Instituo de Neurologia de Goiânia (ING) desde segunda-feira (25/3). Sem mais informações além de que João de Deus está sendo atendido pelo cardiologista Alberto Las Casas Júnior, o hospital não tem fornecido qualquer coisa a respeito do paciente.
João de Deus suspeito de assassinado e tentativa de homicídio
No domingo (24/3), em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, uma mulher afirmou que João Teixeira Faria, o médium João de Deus, depois de estuprá-la, tentou matá-la à bala conforme você pode ler aqui.
A história entra para a biografia obscura do religioso. Apenas no Ministério Público do Estado Goiás (MP-GO),o médium, preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia desde dezembro de 2018 tem oito denúncias abertas.
O MP busca, agora, entender como a tentativa de homicídio e o assassinato misterioso de uma turista alemã – que teria como autor o médium João de Deus – não foram investigados.
Segundo o MP, mm policial militar, uma delegada e um delegado são investigados: eles são suspeitos de evitar que João de Deus fosse investigado pelos crimes, incluindo os de abuso