O Ministério Público do Estado de Goiás apresenta nesta sexta-feira (22/3) mais uma denúncia contra o médium João Teixeira de Faria, a oitava. João de Deus, como é conhecido, desta vez será acusado de envolvimento com uma rede de policiais militares e civis em situação ilícita. Além disso, o MP-GO vai apresentar novos relatos de abuso sexual, além da prática de falsidade ideológica. As informações são do O Globo.
De acordo com o jornal, dois delegados estariam sendo investigados pela corregedoria da Polícia Civil de Goiás. Um policial militar será denunciado por falsidade ideológica e por fazer parte da rede de proteção ao médium.
O MP-GO agora quer saber, conforme o veículo, se policiais estavam ajudando João de Deus com as vítimas de abuso sexual, para que elas não denunciassem os crimes cometidos por ele.
A força-tarefa criada para desvendar o caso João de Deus também tenta descobrir o papel desempenhado por policiais militares nas atividades financeiras do religioso na cidade de Abadiânia (GO).
A reportagem do Dia Online entrou em contato com o setor de comunicação do Ministério Público, que confirmou a apresentação da nova denúncia agora à tarde. Entretanto, o teor só será revelado durante a mesma.
Assessoria da Polícia Civil de Goiás confirmou investigação em curso contra policiais por envolvimento com João de Deus, mas negou relação com a denúncia de hoje
O Dia Online também entrou em contato com as assessorias da Polícia Civil (PC) e da Polícia Militar de Goiás (PMGO). A assessoria da PC confirmou, em nota, a existência de uma investigação em curso contra policiais civis por suposto envolvimento deles com João de Deus. Entretanto, negou que tenha relação com a denúncia a ser apresentada hoje pelo MP-GO, uma vez que não existem denúncias contra delegados nesse caso, como informou O Globo.
Veja a nota:
“A Polícia Civil informa que a Casa Correicional instaurou investigação preliminar a fim de apurar eventuais irregularidades atribuíveis a servidores desta Instituição no caso citado pelo Ministério Público.”
Já a PM disse que o caso será repassado para o Tenente Coronel Pascoal, assessor de Comunicação da PMGO, que logo dará um posicionamento.