A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) por meio da Delegacia de Polícia de Goianira, na região metropolitana da capital cumpriu seis mandados de prisão temporária contra seis presos da Unidade Prisional do Município, nesta quarta-feira (20/3) pelos crimes de associação criminosa, violência sexual, tortura e extorsão qualificada de outros detentos da mesma cela na penitenciária.
Conforme as informações divulgadas pela polícia, os crimes ocorreram no ano passado, mas foram revelados apenas no início de 2019. Segundo a PC, as vítimas eram ameaçadas de morte pelos outros seis detentos para não denunciar o caso.
A polícia afirmou que a partir do momento que os Agentes Prisionais tomaram conhecimento do caso, informaram a PC e contribuíram nas investigações. Durante os levantamentos os policiais constaram que os suspeitos do crime, agrediam fisicamente os colegas de cela por vários dias com socos, chutes, pedaços de madeira, queimaduras com cigarros e ainda exigiam fosse efetuados depósitos em dinheiro na conta dos familiares ou de terceiros.
Laudo médico comprovou que presos torturaram uma das vítimas dentro da cela
Além das agressões e a extorsão dos colegas, o grupo também torturou uma das vítimas. Um laudo médico após a tortura comprovou que os suspeitos praticaram o crime. Dos seis suspeitos dos crimes, cinco deles foram identificados como autores e participantes do ato de violência sexual.
A polícia afirmou que o sexto integrante do grupo, havia sido liberado há poucos dias, mas que o mesmo foi preso na última terça-feira (19/3) pela PC, no setor Esplanada do Anicuns, em Goiânia. Os outros mandados foram cumpridos na data de hoje nos presídios de Goianira e Aparecida de Goiânia, para onde um dos presos havia sido enviado.
A PC ressaltou que um dos detentos responde pelos crimes de tortura e homicídio contra um colega de cela. Segundo a polícia, o caso ocorreu em 2016 também na unidade prisional de Goianira. A polícia afirmou também que outro detido estava esperado para ganhar a liberdade durante essa semana, mas com o novo mandado de prisão vai permanecer na penitenciária.
Apesar do laudo médio ter comprovado o crime de tortura contra uma das vítimas, os seis negaram as acusações. Em caso de condenação pelos crimes, os detentos podem pegar pena de até 28 anos de prisão.