O bebê Heitor Pereira Gonçalves, de apenas cinco meses, foi sepultado no cemitério Vale da Paz, em Goiânia, na manhã desta terça-feira com ajuda de doações que a família recebeu.
O Portal Dia Online contou a história do pai do bebê, o pintor Haroldo Cavalcante Gonçalves, de 32 anos, como você pode ler aqui.
A criança estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Materno Infantil (HMI) quando o coraçãozinho dele parou de bater no início da manhã desta segunda-feira (18/3).
“Deu uma parada cardiorrespiratória”, contou o pai, com voz baixa, à espera de ajuda para conseguir comprar um caixãozinho branco para o bebê.
Sem condições financeiras para sepultar o corpo do menino Heitor, a saída foi procurar ajuda.
Mesmo com batimentos cardíacos fracos, Heitor era uma inspiração para a família. Esperto, observava tudo, sobretudo os três irmãos mais velhos correndo pela casa. E se estremecia todo quando um deles acariciava as mãos e os pés.
Desde que a criança apresentou respiração fraca e teve diagnóstico grave, o pai deixou rolos e latas de tintas para acompanhar o filho por hospitais. “Meu filho explodia saúde. Era nossa felicidade.”
Irmãos se despediram do irmãozinho, em Goiânia
E mãe do bebê, Eliana Pereira Silva, de 26 anos, não saia de perto do caixãozinho do filho. Por ali, sempre apareciam os irmãos de Heitor: de 9, 7 e 6 anos. Sabiam que ao deixar o cemitério para trás, nunca mais poderiam ver o bebê que nos últimos cinco meses alegrava a família.
Antes do nascimento, Haroldo e Eliana esperavam uma criança saudável. Quando nasceu, no entanto, uma surpresa: Heitor foi diagnosticado com a Síndrome de Down. “Mas ele tinha muita saúde”, diz o pai.
Por causa disso, ele passou os últimos cinco meses sendo tratado com muita atenção. O pai, que não via a hora de voltar para casa após um dia trabalho para brincar com o filho, nesta segunda-feira apenas aguarda ajuda para conseguir agilizar o sepultamento de Heitor.