A titular da Secretaria da Economia do Estado de Goiás, Cristiane Schmidt, informou recentemente a um jornal local que o governo Caiado quitou até agora, após pouco mais de dois meses, 44% da dívida deixada pela gestão anterior, de Zé Eliton (PSDB), de aproximadamente R$ 3,4 bilhões de reais. O valor quitado, então, corresponderia a cerca de R$ 1,5 bilhão de reais.
Desse valor, ainda conforme adiantado por Schmidt, R$ 831 milhões seriam referentes a despesas com pessoal e encargos sociais; R$ 530 milhões referentes a despesas correntes ou investimentos e R$ 139 milhões de dívidas..
A equipe econômica do governador disse ainda que a arrecadação referentes ao mês de janeiro foi de R$ 1,42 bilhão de reais, e do mês de fevereiro, R$ 1,49 bilhão. A secretaria da Economia tem frisado que toda a arrecadação está sendo direcionada para pagamento da folha e de dívidas, que abrangem 97% das receitas. Schmidt confirmou ainda, ao jornal, que a previsão de déficit para este ano é de aproximadamente R$ 6 bilhões.
Falta, agora, cerca de R$ 1,95 bilhão, uma vez que a R$ 854 milhões são da folha bruta de dezembro do ano passado que ainda não foram empenhados.
Para conter insatisfação do funcionalismo público, Caiado cedeu a exigências
Para manter sua popularidade estável junto aos servidores públicos do Estado, o governador Caiado teve que ceder a determinadas exigências. No final de janeiro deste ano, em uma assembleia realizada na segunda-feira (28/1), no Palácio Pedro Ludovico, os trabalhadores da Educação, organizados através do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), decidiram por não levar adiante a ideia de entrar em greve por causa do não pagamento dos salários de dezembro, que estão atrasados.
A decisão da categoria veio depois que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, acatou as duas exigências feita pelos servidores: que todo dinheiro destinado à Educação, 25% do orçamento, fique disponível diretamente para a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), para que não precise fazer pedidos para a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), e que a Seduce some toda a verba que possui para que o valor fosse utilizado no pagamento do salário de dezembro.