A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que, até na última sexta-feira (8/3), foi confirmado um total de 18 casos de meningite em Goiás. Desses casos confirmados, seis levaram à morte, e pelo uma delas é meningocócica, o tipo de meningite que tirou a vida do pequeno Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente Lula. Órgãos de saúde tranquilizam população e dizem que não existe epidemia e nem motivo para alarde.
Conforme a gerente de Vigilância Epidemiológica da SES, Magna Carvalho, a um jornal local, Goiás não vive uma epidemia ou surto da doença. “Os casos estão dentro de uma distribuição normal”, disse. No ano passado, segundo a pasta, foram 213 registros da doença, com 39 mortes.
A vacinação é considerada pela medicina como a forma mais eficaz de prevenir a doença. A vacina contra o sorogrupo C está incorporada no Calendário Nacional de Vacinação para crianças menores de cinco anos e adolescentes de 11 a 14 anos, e é gratuita.
Entretanto, a cobertura do remédio no Brasil em 2017 foi de 86,58%, conforme dados do Ministério da Saúde.
Goiânia é a cidade com mais registros da doença. São quatro casos (um deles com vítima fatal). Atrás vem Aparecida de Goiânia, com três casos, com uma morte e Santa Helena, com dois casos e uma morte. Já os municípios de Anápolis, Rio Verde, Santa Terezinha, Trindade, Mundo Novo, Itaberaí, Britânia, Rubiataba e Jaraguá registraram, cada um, um caso (sem mortes).
Morte de neto do ex-presidente Lula reacendeu debate sobre casos de meningite em Goiás
Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, morreu no início da tarde de sexta-feira, 1/3. O hospital onde a criança estava internada, em Santo André (São Paulo), informou que ela foi diagnosticada com meningite meningocócica e não resistiu, devido ao agravamento do quadro infeccioso. Arthur era filho Marlene Araújo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho da ex-primeira-dama Marisa Letícia (que faleceu em fevereiro de 2017) e do ex-presidente Lula.
A meningite meningocócica é uma infecção causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Esta bactéria pode causar inflamação nas meninges, membranas que revestem o sistema nervoso central, e infecção generalizada. As meningites bacterianas são as mais graves do ponto de vista clínico. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, o meningococo apresenta os sorotipos: A, B, C, X, Y e W135 e a transmissão é por via respiratória. É uma doença considerada rara. Os sintomas da meningite incluem febre alta e repentina; dor de cabeça intensa e contínua, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e podem surgir pequenas manchas vermelhas na pele (se a meningite for causada pelo meningococo).