Já era de madrugada de domingo (24/2) quando uma família foi surpreendida com homens armados entrando aos gritos pela porta da casa, na tumultuada rua 1, da Vila São Joaquim, em Anápolis.
As vítimas tentaram fugir, mas foram alcançadas pelos disparos de arma de fogo que mataram dois homens e feriram um homem e uma mulher, que foram hospitalizados.
O local do crime fica próximo ao condomínio Porto Rico. A rua, segundo vizinhos, é tumultuado, com brigas frequentes.
Morreram Marco Antônio da Silva Caetano, de 42 anos e Robson da Silva, de 44 anos.
O delegado da Polícia Civil, Cleiton Lobo, iniciou as investigações nesta segunda-feira (20/2). A reportagem, contudo, não conseguiu falar com ele.
Na noite de terça-feira (19/2), Ícaro Rodrigues Barros, de 16 anos, foi assassinado no mesmo bairro, com mais de 20 tiros.
O jovem foi morto por dois homens que chegaram em um VW Fox Branco e abriram fogo.
O adolescente havia passado pelo Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Anápolis, onde cumpria medida socioeducativa por ato infracional: receptação e posse de drogas.
Casos de mortes de adolescentes em Anápolis se tornou comum
Dominado pelo tráfico de drogas, que gera guerra entre facções rivais, a Polícia Civil tem se desdobrado para cruzar informações e prender autores.
Em janeiro, um adolescente de 17 anos foi morto a tiros dentro de casa na madrugada de 9 de janeiro, no Bairro Santo Expedito. De acordo com a Polícia, o menor não tinha antecedentes criminais.
Edemir Martins Barros Filho, às 2h da madrugada, estava em casa com a mãe quando alguém o chamou ao portal. Desesperado após ser alvejado, o jovem voltou para dentro de casa, onde morreu.
No dia 19 de dezembro do ano passado, o adolescente Henrique Malheiros Carvalho, de 16 anos, foi morto com mais de 25 tiros na noite no conjunto popular Copacabana.
À época, o delegado Clyton Lobo informou ao Dia Online que o adolescente morreu com 25 tiros.
O jovem, disse o delegado, tinha sido apreendido pela Polícia em outra ocasião.