Após um ano de investigação, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) em conjunto com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) deflagrou na manhã desta quinta-feira (14/2) a Operação Fake Note, para desarticular um esquema de venda de medicamentos de alto custo em Goiânia, que fraudava a fiscalização tributária com a emissão de notas fiscais falsas e por isso a operação foi batizada com este nome.
A Operação contou com policiais da Delegacia Estadual de Investigação Criminais (DEIC), Delegacia Estadual de Repressão à Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) e foi comandada pelo delegado Marcelo Aires da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).
“Nós cumprimos nesta quinta-feira 3 mandados de banco e apreensão, efetuando a apreensão do banco de dados da empresa de cada estabelecimento”, conta o delegado.
Conforme Marcelo Aires as investigações duraram mais de um ano e contou com as equipes de inteligência da PCGO e da Sefaz para levantar os dados sobre as atividades da empresa.
Empresa emitia notas fiscais por um sistema paralelo semelhante ao da Sefaz
Marcelo Aires afirmou que a empresa comercializava os medicamentos de auto custo, e que no momento de emitir a nota fiscal, utilizava um sistema paralelo ao da secretaria para emitir a nota, mas não igual ao da Sefaz.
“Essa foi a primeira parte da operação, agora vai ser feita a auditoria para saber o valor do prejuízo causado aos cofres públicos a partir da emissão das notas fiscais falsas”, informou o delegado. De acordo com a polícia o valor estimado dos danos ao erário público é superior a R$ 10 milhões.
Marcelo Aires explicou que agora a polícia vai ouvir os responsáveis pela empresa, e descobrir que são os responsáveis por fazer o sistema paralelo para emitir as notas fiscais, pois conforme o delegado outras empresas podem estar usando esse mecanismo para gerar as notas.