O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, esteve na Bahia na última quarta-feira (6/2) para analisar um novo modelo de gestão da Saúde que é praticado no estado baiano. Segundo ele, um modelo de gestão regionalizado aos moldes do modelo baiano pode ser implantado na Saúde em Goiás, que atualmente se encontra em trancos e barrancos.
O secretário informou que o objetivo da visita foi conhecer e avaliar a estrutura de saúde da capital, Salvador, e de cidades do interior, como Feira de Santana. Ele visitou uma unidade que presta atendimento a moradores de cerca de 30 cidades do Estado e que, segundo ele, “contribui para desafogar a rede de saúde da região”, e anunciou que pretende adotar algo semelhante em Goiás.
“A Bahia tem modelos de Policlínicas focadas na regionalização, que é um dos pilares da nossa gestão. Vim conhecer na prática a dinâmica da rotina dos profissionais de saúde e os níveis de atuação dessas unidades”, explicou o gestor em visita à Policlínica de Saúde da Região de Feira de Santana.
O local oferece atendimento em várias especialidades médicas e realiza diversos tipos de exames. Quem recebeu Ismael Alexandrino foi o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas. Ao falar das Policlínicas, Vilas-Boas afirmou “que é uma experiência inovadora na gestão do sistema de saúde, diferente do que vem sendo implantado em todo o Brasil”.
Em visita à unidade, o titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) conheceu toda a estrutura física do local e os fluxos utilizados para assistência da população dos municípios baianos.
Secretário disse que pretende implantar modelo baiano na Saúde em Goiás
Em entrevista à imprensa local na ocasião, Ismael explicou que a saúde não deve ser praticada somente na capital, ainda mais em Estados com grande extensão territorial, como Goiás e Bahia. Ele elogiou o trabalho regionalizado das Policlínicas e disse que pretende levá-lo aos goianos, visto que ainda não há algo parecido em Goiás. “O modelo adotado aqui é exitoso e pretendemos implantá-lo no nosso Estado para dar um acesso à saúde mais próximo da população”, destacou Alexandrino.
Ismael destacou afirmou que “a troca de experiência entre gestores é fundamental para melhorias na saúde pública”. “Se algo dá certo em determinado Estado, não temos que começar do zero. A boa prática de gestão utiliza e aplica experiências exitosas de outros locais”, comentou.
Questionado sobre a regulação em Goiás, ele explicou que, apesar de existir, ainda não é algo estruturado por não ser clara a relação do Estado com os municípios. “Há três cidades com aquilo que chamamos de ‘gestão plena’. Agora estamos fazendo um movimento de levar a regulação para o nível estadual para que possamos enxergar todas as unidades de saúde e a população, deixando mais clara a relação entre os entes”, pontuou.