O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), decidiu abrir mão de seu salário como chefe do executivo até que o pagamento dos servidores do Estado referente a dezembro, que está em atraso, seja totalmente feito. De agora até a quitação da folha, ainda sem previsão para acontecer, uma vez que negociações estão sendo feitas com as categorias, o governador vai deixar de receber os R$ 25 mil reais a que tem direito. A informação foi confirmada por sua assessoria.
A quantia de R$ 25.052,50, que é o salário de governador do Estado, deve deixar de ir para as mãos de Caiado até o fim do pagamento do escalonamento do salário de dezembro dos servidores de Goiás. A quantia não fica retida, vai para o pagamento dos servidores.
De acordo com o Governo do Estado, a folha de dezembro de 2018 não foi paga pelo então governador Zé Eliton (PSDB), que ainda deixou um rombo de R$ 3,4 bilhões, com apenas R$ 11 milhões em caixa para o saldo das despesas com pessoal.
Servidores da Educação desistiram de greve após Caiado ceder a exigências
Em uma assembleia realizada na última segunda-feira (28/1), às 15h em frente ao Palácio Pedro Ludovico, os trabalhadores da Educação, organizados através do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), decidiram por não levar adiante a ideia de entrar em greve por causa do não pagamento dos salários de dezembro, que estão atrasados.
A decisão da categoria veio depois que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, acatou as duas exigências feita pelos servidores: que todo dinheiro destinado à Educação, 25% do orçamento, fique disponível diretamente para a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), para que não precise fazer pedidos para a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), e que a Seduce some toda a verba que possui para que o valor fosse utilizado no pagamento do salário de dezembro.
Ronaldo Caiado também anunciou uma série de medidas adotadas, além de um projeto de lei que foi encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Entre as medidas no projeto estão o pagamento do auxílio-alimentação e do teto salarial para os professores, e a extinção da terceira classe na Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO).