Em uma assembleia realizada na última segunda-feira (28/1), às 15h em frente ao Palácio Pedro Ludovico, os trabalhadores da Educação, organizados através do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Goiás (Sintego), decidiram por não levar adiante a ideia de entrar em greve por causa do não pagamento dos salários de dezembro, que estão atrasados.
A decisão da categoria veio depois que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, acatou as duas exigências feita pelos servidores: que todo dinheiro destinado à Educação, 25% do orçamento, fique disponível diretamente para a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), para que não precise fazer pedidos para a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), e que a Seduce some toda a verba que possui para que o valor fosse utilizado no pagamento do salário de dezembro.
Em entrevista, a presidente do Sintego, Bia de Lima, confirmou que os dois pedidos foram atendidos pelo Governo, e isto pesou para que a categoria não deflagrasse uma greve. A vinculação do dinheiro da Educação obriga o Estado a utilizar a verba apenas com a pasta, de modo que não teria razão de os recursos não permanecerem totalmente sob a administração da Seduce. A própria secretária da pasta, Fátima Gavioli, também já manifestou interesse ao governador e à Sefaz de que as verbas sejam enviadas diretamente.
“Eu acertei com a secretária da Fazenda que daqui pra frente o dinheiro destinado à Educação, 25% do orçamento, será enviado diretamente à minha pasta. Não quero ficar passando o pires. Assim eu defino as prioridades da minha pasta”, afirmou Fátima na manhã de ontem.
Sobre o segundo pedido, Bia de Lima acredita que a soma das verbas será suficiente para pagar o salário de dezembro de todos os servidores. “O que queremos é resolver essa questão, ver o que tem em caixa, pagar e então começar o ano letivo sem nenhuma preocupação e podemos negociar os outros pontos.”
Uma nova assembleia da categoria ficou marcada para a próxima segunda-feira (4/2), para deliberar a possibilidade de não haver verba suficiente para quitar a folha de dezembro. No início da tarde de segunda-feira, em coletiva de imprensa, o governador Ronaldo Caiado não indicou que buscaria outra solução além do parcelamento dos rendimentos em cinco vezes, que já tinha proposto na semana passada.
Projeto de Caiado acaba com 3ª classe
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (28/1) no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, no Centro de Goiânia, o governador Ronaldo Caiado (DEM) também anunciou uma série de medidas adotadas, além de um projeto de lei que foi encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Entre as medidas no projeto estão o pagamento do auxílio-alimentação e do teto salarial para os professores, e a extinção da terceira classe na Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO).
Na coletiva, Caiado chegou a afirmar que todos os servidores do Estado vão ter direito aos R$ 500 reais do auxílio, no entanto, para os servidores da educação, não há vai haver um teto estabelecido para contar com o benefício. Conforme o governador, os servidores públicos que recebem até R$ 5 mil nas demais categorias, o governo não vai deixar de pagar o benefício.