Amigos e familiares da motorista de aplicativo Vanusa da Cunha Ferreira, de 36 anos, decidiram investigar por conta própria o celular da vítima assim que ficou claro o desaparecimento na noite de sexta-feira (18/1) depois de uma corrida particular.
O corpo da motorista, que também é enfermeira, foi encontrado no Jardim Copacabana, no início da noite deste domingo (20/1).
Levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Aparecida de Goiânia, o corpo da mulher vai passar por necrópsia na manhã de segunda-feira (20/1) devido ao estado inicial de decomposição.
Antes de chegar à rodoviária de Goiânia, Vanusa havia conversado em chamada de vídeo com sua mulher, Juliana Pereira, com quem comentou que buscaria uma dupla sertaneja e o empresário dos artistas.
Não seria a primeira vez que eles ligaram para ela, que desligou o aplicativo para levá-los a um bar onde a dupla se apresentaria no Novo Mundo, na capital. A prática de transportar passageiros com o aplicativo desligado é desaconselhada tanto pela Uber quanto pelo 99Pop.
Ela teria aguardado o término do show, como costumava fazer quando atendia os mesmos clientes. Fotografias divulgadas pelo empresário mostram Vanusa durante a apresentação da dupla e, depois, dentro do carro.
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Vanusa é chamada de “Vanessa” em um vídeo, também divulgado pelo empresário, em que aparece sentada em uma mesa de bar com a dupla e outro rapaz.
O mesmo nome foi utilizado erroneamente em áudios que o empresário enviou para amigos e familiares de Vanusa que cobraram dele explicações desde que desapareceu.
Em selfies dentro do carro, Vanusa parece desconfortável segundo amigos. “Ela parecia preocupada. Eu conheço ela”, comenta a mulher, Juliana.
“Ele deu muitas informações controversas”, disse ao Portal Dia Online, a amiga e também motorista de aplicativo, Daniela Cassia Morais Ferreira. Ela mostrou ao repórter a conversa que teve com o empresário que chegou a afirmar que encontraria com Daniela, mas desistiu.
A sobrinha de Vanusa, Rafaela Kedma, de 20 anos, também conversou com o último passageiro da tia, o empresário. “Liguei e ele não atendeu. Insisti e liguei outras vezes. O filho atendeu a chamada de vídeo e eu o pressionei. Ele deu várias versões de onde minha tia tinha deixado ele”, contou.
A titular da DEIC, Delegada Mayana Rezende, não quis se pronunciar até o fim das investigações.