O Ministério Público de Goiás deve apresentar nesta terça-feira, 15, uma segunda denúncia contra João de Deus por crimes sexuais. Os promotores planejam realizar uma coletiva de imprensa durante a tarde para anunciar a formalização da nova acusação contra o médium.
João de Deus foi interrogado na segunda-feira, 14, pelos promotores Patrícia Otoni, Luciano Miranda Meireles e Augusto César Souza. A audiência durou três horas e aconteceu dentro do Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, onde o médium está preso desde o dia 16 de dezembro.
Também nesta terça, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás pode retomar a julgamento de um habeas corpus interposto pela defesa de João de Deus. A análise do pedido foi interrompida na última quinta-feira, dia 10, depois que o juiz substituto Sival Guerra Pires pediu vistas do processo. Os outros quatro desembargadores do colegiado e o Ministério Público já se manifestaram contra o pedido dos advogados.
Réu
Na última quarta-feira, 9, o médium virou réu por estupro de vulnerável e violência sexual mediante fraude, depois que a juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, da Comarca de Abadiânia, aceitou denúncia que o acusa ter cometido os crimes contra quatro vítimas.
Também na semana passada, a Polícia Civil de Goiás indiciou o médium e sua mulher, Ana Keyla Teixeira, por posse ilegal de armas. Em coletiva de imprensa para anunciar o fim da força-tarefa policial sobre os casos envolvendo João de Deus, a delegada Karla Fernandes anunciou ainda que ele também foi indiciado por violação sexual mediante fraude. O crime teria sido cometido há três anos contra uma vítima que mora em São Paulo.
Cerca de 600 denúncias de todo o País e do exterior já foram apresentadas às autoridades contra o médium. Desde que foi detido, João de Deus nega todas as acusações feitas contra ele.