O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, se comprometeu a aumentar os esforços para conter a desaceleração no país. A declaração é dada em meio a expectativas de mais medidas de relaxamento, diante das pressões de baixa enfrentadas pela segunda maior economia do mundo. Na breve nota oficial, o governo mostra disposição a agir para enfrentar esse quadro.
As medidas citadas incluem a redução em compulsórios bancários – a parcela dos depósitos que os bancos precisam deixar no banco central -, de modo generalizado ou mais pontual, de acordo com um comunicado divulgado no site do governo chinês nesta sexta-feira.
O governo pretende cortar impostos e taxas para apoiar pequenas empresas e o setor privado em geral, afirmou Li, de acordo com o comunicado. Ele fez as declarações na Comissão Regulatória Bancária e de Seguros da China, após visitar o Bank of China, o Industrial & Commercial Bank of China e o China Construction Bank.
Pequim tem ampliado os esforços para fomentar o crescimento, no momento em que a economia local dá mais sinais de desaceleração, apesar de medidas de relaxamento já adotadas no ano passado. O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) relaxou na quarta-feira regras para empréstimos bancários às empresas menores. O principal órgão de planejamento econômico também acelerou nas últimas semanas a aprovação de projetos ferroviários pelo país.
Investimentos em empresas, edifícios e similares desaceleram para uma taxa não vista em pelo menos 25 anos, antes de se estabilizar. Empresas do setor manufatureiro têm relatado queda nas novas encomendas, enquanto o lucro da indústria recuou pela primeira vez em três anos, de acordo com dados oficiais.
O PBoC reduziu o compulsório bancário quatro vezes em 2018. Economistas afirmam que mais cortes são necessários no primeiro trimestre deste ano para apoiar o crédito para empresas. Em seu comunicado, o governo diz que há a intenção de apoiar empresas em geral, sobretudo as pequenas e médias.