O governador recém-empossado de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (2/1) que dará, imediatamente, à Polícia Militar de Goiás (PM) um reajuste salarial que “corrija as distorções” sofridas pela categoria. Ao ser questionado por repórteres sobre o baixo salário e a desvalorização da classe policial, Caiado disse que um projeto estará sendo redigido e encaminhado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Entretanto, governador não respondeu de onde viria o dinheiro, uma vez que Zé Eliton teria deixado R$ 11 milhões em caixa para R$ 3,4 bilhões de dívida do Estado.
Durante a coletiva, ocorrida no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, Ronaldo Caiado disse que “não vai dar aumento”, e sim “resgatar aquilo que é devido ao policial militar”. “É inaceitável um policial militar ganhar 1.500 reais por mês. Então eu não estou aumentando salário, estou corrigindo uma distorção”, declarou.
Ao ser questionado sobre um reajuste às outras categorias, como Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, o governador afirmou que todas as classes serão atendidas.
Segundo ele, o montante do reajuste vai girar em torno de R$ 11 milhões de reais ao mês. Entretanto, ao ser perguntando sobre a origem da receita para o reajuste, uma vez que o valor de R$ 11 milhões é justamente o deixado em caixa pelo ex-governador Zé Eliton (PSDB), segundo o próprio governador, ele respondeu: “Sabe o que deixaram em caixa pra mim? Uma dívida de 3,4 bilhões de reais, e um dinheiro na chamada Conta Única de 11 milhões de reais”.
Vice-governador da gestão Caiado, Lincoln Tejota, falou sobre o pagamento aos servidores
Em entrevista depois da cerimônia de posse, ocorrida no último dia primeiro de janeiro, terça-feira, o vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Pros) falou sobre a situação das contas do Estado e do impasse do pagamento dos servidores estaduais relativo ao mês de dezembro.
De acordo com Tejota, o governo anterior deixou “um rombo” nas contas públicas, e que o atual governo, de Ronaldo Caiado, pagará o funcionalismo público “no momento oportuno, quando tiver caixa”.
Ainda segundo Tejota, medidas de recuperação das contas públicas pela atual gestão foram tomadas assim que passada a eleição. Segundo ele, a alteração dos incentivos fiscais para a indústria de Goiás é uma delas. “Nós sentamos com o setor produtivo, com os grandes empresários, rediscutimos os incentivos fiscais, e com o apoio deles e da Assembleia Legislativa, na qual eu estava ainda como deputado estadual, de cara a gente já pôde trazer um bilhão para os cofres públicos”, declarou.
O vice-governador disse também que o Governo vai manter o ritmo de corte de gastos. “Continuaremos com essa austeridade, enxugando a folha, trazendo uma máquina enxuta, mas uma máquina eficiente, uma máquina que devolve como resultado para a população os benefícios que ela tanto precisa”, disse.