O médium João de Deus teve a prisão por posse ilegal de arma de fogo suspensa, em caráter liminar, pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Sob condição de pagamento de fiança de R$ 1 milhão, uso de monitoramento eletrônico e “se por outro motivo não estiver preso”, ele pode responder o processo em prisão domiciliar. A decisão foi do juiz plantonista Wilson Safatle Faiad.
Mesmo com a decisão, João de Deus continua preso preventivamente no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, suspeito de violação sexual. Ele é investigado por centenas de crimes sexuais, ocorridos, segundo as denunciantes, na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
Habeas corpus de João de Deus será julgado pelo STF
A defesa de João de Deus entrou com pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O recurso está nas mãos do ministro Dias Toffoli desde o dia 20 de dezembro e ainda não foi julgado. Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), atuará nesse processo. A estratégia da defesa é reforçar que a prisão é desnecessária devido a idade e condições de saúde do religioso.
João Teixeira de Farias, de 76 anos, o conhecido João de Deus, preso desde o dia 16 de dezembro, após se entregar à polícia em Abadiânia. Ele é investigado por crimes sexuais, denunciados por centenas de mulheres do Brasil e algumas do exterior.
O médium já foi foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás por violação sexual mediante fraude. De acordo com o inquérito, concluído e apresentado ao Poder Judiciário, o crime, registrado em outubro deste ano, foi cometido contra uma fiel na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
Ele prestou um segundo depoimento aos promotores da força-tarefa do Ministério Público de Goiás (MP-GO), na manhã de ontem (26/12), em Goiânia. João de Deus negou todas as acusações e disse que não abusou das mulheres que relatam os casos.