A defesa do médium João de Deus, de 76 anos, pediu junto ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) o Habeas Corpus do cliente, buscando revogar a prisão preventiva do líder espiritual. O pedido foi analisado nesta terça-feira (18/12) e negado pelo TJGO.
Thales Jayme , um dos defensores do médium, afirmou ao Broadcast Político, que com a negativa, a defesa vai pedir que o mérito da questão seja analisado pelo TJGO.
Após o julgamento do mérito da questão, e se o juiz determinar pela manutenção da prisão preventiva de João de Deus, a defesa vai mudar de estratégia segundo o advogado Thales Jayme. Caso a prisão preventiva seja mantida, a defesa do líder religioso, vai entrar com o pedido para que o médium possa responder ao processo através da prisão domiciliar.
João de Deus é denunciado por abuso sexual
O médium João de Deus passou a ser investigado, após denúncias de abuso sexual durante os tratamento, veiculadas pelo programa Conversa com Bial da Rede Globo de Televisão, no último dia 7 de dezembro de 2018. Na ocasião, 12 mulheres afirmaram terem sido abusadas pelo líder espiritual.
Após as denúncias foi criada uma força tarefa, com Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) para poder investigar as denúncias. O MPGO inclusive abriu um canal de comunicação com as vítimas, para que elas pudessem denunciar os abusos. Através do canal para receber as denúncias, mais de 500 mulheres denunciaram ser vítimas de abuso pelo médium.
O médium apareceu pela primeira vez na casa Dom Inácio de Loyola, na última quarta-feira (12/12) quando negou as acusações e não foi visto mais. No mesmo dia da aparição do médium, foi feito o pedido de prisão preventiva de João de Deus, que foi aceito pelo TJGO, na sexta-feira (14/12).
Os investigadores apontaram que para acelerar o processo do pedido de prisão do líder espiritual, foram observadas as movimentações financeiras que o médium, que teria retirado cerca de R$ 35 milhões das contas bancárias.
O médium se entregou apenas no domingo (16/12) na zona rural de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal (DF) e desde então está preso no complexo prisional de Aparecida de Goiânia.