A corregedoria da Polícia Militar (PM) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) realizam a Operação Ubirajara para desarticular esquema de corrupção entre policiais militares da zona sul de São Paulo com membros de facção criminosa. Estão sendo cumpridos 86 mandados de busca (70 da Justiça Militar e 16 pela Justiça comum) e apreensão e 59 mandados de prisão.
Os policiais militares do 22º Batalhão são acusados de corrupção passiva, concussão, associação ao tráfico de drogas e integrar organização criminosa. O inquérito policial militar está em segredo de justiça.
A investigação, que teve início em fevereiro passado, interceptou mais de 82 mil ligações telefônicas. Entre as provas, há ainda documentos e outros materiais.
A operação ocorre em 19 municípios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Até 9h30 desta terça, 29 policiais militares e três homens envolvidos com facção criminosa foram presos. A Corregedoria e o MP-SP apreenderam ainda armas, munições, drogas e dinheiro. Dos 86 mandados de busca e apreensão, 70 foram expedidos pela Justiça Militar e 16 pela Justiça comum
Participam da operação 450 policiais militares, dos quais 280 PMs corregedores, 170 PMs do Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar, além de promotores de justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-SP.
Esta fase da Operação Ubirajara tem como alvo das prisões 54 policiais militares do 22º Batalhão da Polícia Militar, que tiveram prisões preventivas decretadas pela Justiça Militar. Outros cinco membros da organização criminosa que opera na região também estão na mira da operação e tiveram prisões temporárias decretadas pela Justiça.