Uma operação batizada de Circo da Morte foi deflagrada na madrugada desta terça-feira (18/12) em Goiás. para combater um grupo de extermínio formado por policiais militares.
A operação Circo da Morte foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GCEAP) em conjunto com a Polícia Federal (PF) e visa combater grupo de extermínio composto por policiais militares que atuava nas comarcas de Caldas Novas, Santo Antônio do Descoberto e Alto Paraíso.
A operação conta com o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO e da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO).
Ao todo, cinco promotores de Justiça, três delegados, além de agentes da PF cumprem cinco mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão, todos na cidade de Caldas Novas.
Segundo a assessoria do MP-GO, ainda não há imagens disponíveis da operação, que está sendo realizada neste exato momento.
A reportagem do Dia Online está apurando mais informações, que em breve serão divulgadas.
Além de Caldas Novas, um Coronel da PM chegou a ser afastado por acusações de liderar grupo de extermínio em Formosa
Em abril deste ano, a Justiça Federal em Formosa, interior do estado, determinou o afastamento do coronel Ricardo Rocha de qualquer função de comando da Polícia Militar de Goiás (PMGO). Subcomandante-geral da corporação, Rocha foi acusado, à época, de liderar um grupo de extermínio que agia na capital do estado e no Entorno do Distrito Federal.
A decisão judicial, emitida numa terça-feira (3/4), se deu em função dessa investigação. Ela proíbe ainda o porte de armas e uso de viatura. O oficial poderá apenas exercer atividades de “cunho administrativo, em local burocrático, afastado do policiamento das ruas”.
O pedido partiu da Polícia Federal, que investiga os assassinatos atribuídos a policiais militares comandados por Ricardo Rocha. A PF quer a “suspensão do exercício da função pública da atividade policial”. O juiz federal Eduardo Luiz Rocha Cubas vai analisar esse pedido após manifestação do Ministério Público.
A suspensão das atividades nas ruas, assim como o afastamento do cargo de comando, foi colocada como alternativa, até a decisão final.