O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender o sistema de capitalização como o melhor para a Previdência, mas admitiu que já não é possível fazer uma transição que inclua todos os trabalhadores. Por isso, a saída é reformar o atual sistema de repartição, “geneticamente condenado”, deixando o sistema de capitalização para gerações futuras. Guedes não fez menção à atual proposta de reforma da Previdência que está no Congresso.
Em palestra durante almoço na Firjan nesta segunda-feira, 17, Guedes, voltou a usar a metáfora do avião que vai cair e criticou as regras atuais, que, como em todo sistema de repartição, “tem uma bomba demográfica”. Segundo ele, com o agravante de ter elevados encargos, o que faz com que a economia para criar um emprego leve à destruição de outros.
“Temos que transitar para um sistema de capitalização. Demoramos tanto tempo que não dá mais para ser disponível para todo mundo. Temos que proteger, agora, as gerações futuras. Então vamos tentar acertar esse sistema que está aí. E, depois, a gente aprofunda e faz a libertação das gerações futuras com um sistema de capitalização que democratize o ato de poupança e liberte as empresas dos encargos trabalhistas, na direção de um choque de criação de empregos”, disse Guedes.