O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse estar otimista com o inicio do novo ciclo político, mas ressaltou a importância de o próximo governo ser bem sucedido nas articulações políticas para dar vazão às reformas, especialmente da Previdência.
“Estamos bastante otimistas com o início desse novo ciclo político e sabemos que a dificuldade será na execução. Percebemos que todas as nomeações são de pessoas comprometidas com o mercado, de atração do investimento estrangeiro e desenvolvimento do País, mas obviamente há um desafio de execução política muito grande, que começa com a demonstração da relação entre esse novo governo com o Congresso nas reformas”, comentou em encontro com jornalistas na sede da B3 em São Paulo nesta segunda-feira, 17.
Ele acrescentou não ter opinião sobre se a reforma da Previdência vai ser aprovada no primeiro trimestre ou no primeiro semestre. “Mas temos esperança de que o governo tenha habilidade política para aprovar a reforma da Previdência o mais rápido possível”, comentou, lembrando ser essa uma demonstração de confiança que todo o mercado precisa. “Isso destrava uma pauta de crescimento para o Pais iniciar o novo ciclo de prosperidade”, pontuou.
Finkelsztain disse também que a perspectiva do mercado de capitais é positiva em 2019, na esteira do crescimento da economia e da demanda vinda das empresas e investidores prevista em um ambiente de aumento na atividade econômica, somada à necessidade de diversificação dos portfólios dos fundos de pensão e das pessoas físicas.
Pessoas físicas
Finkelsztain disse que a bolsa deve dar mais atenção às pessoas físicas, lembrando os movimentos das plataformas de investimento e das corretoras para atender esse público.
“Nós, como infraestrutura de mercado, nos sentimos comprometidos em estimular seja através de educação, campanha ou incentivo financeiro, para ajudar a crescer o número de investidores no mercado de capitais”, disse.
A B3 quer entender a experiência da pessoa física nas operações com a bolsa e trabalhar todo o ecossistema, olhando para o distribuidor como alavanca para fomentar a expansão da base de investidores pessoa física.
Finkelsztain comentou, ainda, que a retomada de confiança na economia faz com que a pessoa física seja relevante também nos produtos relacionados ao financiamento habitacional e de veículos.