O vice-premiê e ministro do Trabalho e Indústria da Itália, Luigi Di Maio, afirmou neste domingo que as negociações que o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, e o ministro de Economia e Finanças, Giovanni Tria, estão conduzindo com a União Europeia são fundamentais para evitar que o país seja submetido a um Procedimento de Déficit Excessivo (EDP, na sigla em inglês). “2019 será o ano da mudança, mas para isso é necessário trazer para casa o plano orçamentário e as negociações com a UE, que serão concluídos nos próximos dias”, ele escreveu no blog do seu partido, o Movimento 5 Estrelas (M5S).
Na semana passada, Conte apresentou ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, uma proposta que reduzia a meta italiana de déficit fiscal para 2019 de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,04%. Em Bruxelas, o gesto foi visto como um passo importante, mas ainda insuficiente para adequar Roma às regras europeias sobre déficit e dívida públicos.
Justificando o expansionismo fiscal que o projeto de receitas e despesas italiano promove, Di Maio argumentou que pela primeira vez o governo fez acenos aos “suspeitos de costume” que custassem o “sacrifício dos cidadãos”. “Pela primeira vez, nos deparamos com uma proposta orçamentária que não faz o povo pagar. É por isso que a criticam”, alegou.
Até os já famosos protestos dos “coletes amarelos” na França foram abordados. “É também um momento especial na Europa. Na França, há pessoas protestando nas ruas, pedindo às elites do governo que implementem medidas como as que estamos fazendo” na Itália, comentou.