O governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou nesta sexta-feira, 23, que seu programa de governo para a segurança pública não se resume a “uma frase”, numa referência à proposta de matar suspeitos de crimes que estejam portando fuzis, feita durante a campanha. Segundo Witzel, o enfrentamento ao crime será acompanhado de ações sociais – o programa Comunidade Cidade se dedicará à urbanização de favelas “conflagradas”.
“Nosso objetivo maior não é abater criminosos simplesmente. É mostrar que o crime não compensa”, afirmou Witzel a jornalistas após participar do encontro anual da Associação da Escola de Direito de Harvard do Brasil, no Rio. O governador eleito citou a reestruturação das polícias e do sistema carcerário como outros pontos de seu programa para a segurança pública.
Questionado sobre de onde viriam os recursos para custear investimentos previstos no Comunidade Cidade, Witzel citou a importância de uma “gestão eficiente” e mencionou que, após reunião com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, constatou que os investimentos da estatal para o próximo ano são “motivadores”.
Witzel prometeu durante a campanha ao governo do Estado do Rio que pediria o uso de atiradores de elite para “abater” suspeitos que forem vistos portando fuzis.
No início do mês, já eleito, reafirmou a posição em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”. “Se for um ato em confronto, em que o policial está acobertado por uma excludente de ilicitude, não é homicídio, é morte em combate”, disse Witzel, eximindo-se de eventual responsabilidade caso um desses snipers seja processado por homicídio. “Não vai cair no meu colo nada. Vai cair no colo do Estado. O Estado tem de entender que tipo de segurança pública quer.”