No primeiro dia útil de interdição de cerca de cinco quilômetros da pista expressa da Marginal do Pinheiros, por causa da queda de um viaduto da via na altura do Parque Villa-Lobos, o paulistano usou como opções alternativas para circular pela cidade a Marginal do Tietê, o corredor Norte-Sul, formado pelas Avenidas 23 de Maio e Washington Luiz, e ainda o uso de bicicleta, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes.
No caso das duas vias, segundo o presidente da CET, Milton Persoli, foram elas que registraram maior aumento dos níveis de congestionamento na cidade nesta quarta-feira, 21. “Tivemos um aumento considerável na região do Aeroporto de Congonhas. Era volta de feriado, tivemos movimento de chegadas e partidas de aeronaves, e isso impactou no entorno, principalmente concentrados na Avenida Washington Luiz. Foi sentido também um acréscimo no volume na Marginal do Tietê”, disse.
Em entrevista coletiva no fim da tarde, na sede operacional da CET, na Rua Bela Cintra, no centro, o secretário de Transportes, João Octaviano Neto negou que outros modais de transporte coletivo, como trens e ônibus, tivessem registrado aumento significativo de passageiros nesta quarta. “A mudança mais significativa que teve, e nós não temos a contagem ainda, é o uso da ciclovia da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Ela teve um aumento importante. Na Faria Lima e no eixo até a (Avenida) Fonseca Rodrigues”, afirmou.
Nos horários de pico da manhã, a cidade teve um trânsito 25% maior do que as médias máximas registradas pela companhia. O pico, às 9 horas, foi de 152 quilômetros de trânsito parado — a média máxima é de 122 km. Mas, no horário da tarde, o máximo atingido foi de 87 quilômetros, às 17h, valor dentro da média para o horário, que varia entre 56 e 100 quilômetros de lentidão.
A avaliação da Prefeitura é que as medidas já adotadas para mitigar o impacto do trânsito com o bloqueio da Marginal do Pinheiros, fechada desde quinta-feira, 15, e sem previsão para reabrir, foram adequadas no primeiro momento. Mas precisam continuar a ser monitoradas. “É uma situação tão dinâmica que a gente precisa estar preparado para manter, alterar e suprimir algumas medidas. Mas, de uma maneira geral, as medidas planejadas deram um bom resultado. Agora, vamos medir”, afirmou o secretário.
Nesta quinta-feira, o presidente do Tribunal de Contas do Município (TCM), João Antonio, e o vice, Domingos Dissei, irão ao ponto da marginal em que o pilar que sustentava o viaduto, que passa sobre uma linha de trem, desabou. A Prefeitura vem negociando uma aprovação prévia do tribunal a um contrato de emergência (sem licitação pública) para contratar serviços de vistoria em outros viadutos da cidade. Os conselheiros, que têm poder de barrar licitações públicas, irão conhecer as obras de emergência já em execução na área danificada.