A segunda fase da Operação Mãos a Obras do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20/11), em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF). A ação do MP investiga o suposto pagamento irregular de diárias para vereadores da cidade entre os anos de 2016 e 2018.
Foram cumpridos na manhã de hoje mandados de busca e apreensão na tesouraria da Câmara de Vereadores, apreendendo documentos que compravam à existência das irregularidades e que teriam sido fraudadas para confirmar o pagamento das diárias, segundo o MP.
Segundo as informações do MP, as investigações mostram que o presidente da câmara autorizou em 2o16 o pagamento das diárias aos vereadores sem nenhuma justificativa. O ministério informou também que existem elementos de que os parlamentares investigados falsificaram os comprovantes de recebimento das diárias, para justificar o valor recebido.
Durante as investigações, foi levantado que o esquema, apesar de investigado pelo MP, ainda pode estar em funcionamento. Segundo o ministério, isso se deve pelo controle dos atos administrativos da Câmara Municipal ser falho.
Para receber a diária, o vereador precisa fazer uma declaração a mão, sem nenhuma prova ou argumento de estar a trabalho fora da cidade. Conforme as informações do ministério, essa prática pode ser entendida como falsificação de documentos públicos e particular, falsidade ideológica e peculato.
Participaram da segunda fase o promotor de Justiça Rafael Simonetti Bueno da Silva, o delegado Bruno Ramos Mendes da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) que coordenou a operação, com 10 agentes de polícia, além de integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno.
Prefeito de Planaltina foi preso preventivamente na primeira fase da Operação Mãos a Obras.
No início do mês foi deflagrada a primeira fase da operação, que investiga irregularidades na reforma da Câmara da cidade. Na oportunidade, o prefeito em exercício da cidade, o Pastor André, foi preso preventivamente pelas irregularidades. Além dele outras sete pessoas foram presas na operação.