O governo brasileiro inaugurou hoje (19) novo centro de controle do satélite SGDC-1, que amplia a oferta de banda larga ao território nacional. O Centro de Operações Especiais Secundário (Cope-S), que funciona no Rio de Janeiro, vai operar como um backup (reserva) do Centro de Operações Espaciais de Brasília, que controla o satélite.
Com isso, o polo do Rio ficará encarregado de operar e receber todos os dados do satélite em órbita, caso haja alguma falha na atuação da unidade do Distrito Federal. A ideia é manter a operação do equipamento, mesmo se houver algum problema com o centro principal.,
O Cope-S está localizado na Estação de Rádio da Marinha, na Ilha do Governador, na zona norte da cidade do Rio. Para o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, a instalação da base no Rio representa um avanço para diversas áreas, como segurança, saúde e agricultura.
“Isso significa que, no campo da segurança, teremos a possibilidade de fazer o monitoramento das nossas fronteiras. Já no campo dos serviços públicos, em especial saúde e educação – sejam municipais, estaduais ou da União – será possível levar banda larga de qualidade e de alta capacidade a todos os equipamentos. Além disso, a banda larga vai melhorar as condições da nossa agricultura, que vai poder contar com a agricultura de precisão”, afirmou.
Investimento
A parte terrestre do Centro de Operações foi implementada pela empresa estatal Telebras, em conjunto com o Ministério da Defesa, e custou R$ 450 milhões. As instalações irão ocupar mais de sete mil metros quadrados da área da Marinha.
O presidente da Telebras, Jarbas José Valente, explicou que a base é fundamental para as comunicações estratégicas do Estado e para a população.
“O projeto vai levar todas as condições de banda larga de qualidade que a própria Defesa pode utilizar. Parte da banda também será para uso de todo sistema de defesa nacional e da comunidade como um todo. Nós vamos levar banda larga para todos os locais do país, inclusive pequenas localidades que ainda não têm internet”, acrescenta.
Segundo a estatal, a intenção é que a construção ofereça maior controle sobre o tráfego de informações sensíveis e estratégicas para o Brasil, graças ao alto nível de confiabilidade da infraestrutura.