Os preços do etanol hidratado subiram nos postos de 16 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros nove Estados houve queda. No Amapá não foi feita avaliação na semana anterior e, portanto, não houve base para comparação.
Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve alta de 1,36% no preço do etanol na semana passada, para R$ 2,983.
Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado avançou 1,52% sobre a semana anterior, de R$ 2,768 para R$ 2,810 o litro. No período de um mês os preços do combustível avançaram 6,40% nos postos paulistas.
Além de São Paulo, na comparação mensal os preços do etanol subiram em 16 Estados e no Distrito Federal e recuaram em oito unidades da federação. No Amapá não houve avaliação.
Goiás registra maior alta mensal no preço do etanol
A maior alta mensal, de 8,47%, foi em Goiás. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 5,37% na comparação mensal.
Sergipe registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 0,80%, e o maior recuo mensal também foi de um estado nordestino, a Paraíba, com 4,71%.
O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,399 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,800 o litro, em Rondônia. Apesar das seguidas altas nos preços, São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de R$ 2,810 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Amapá, de R$ 4,240 o litro.
Competitividade
Os preços médios do etanol permanecem vantajosos sobre os da gasolina em sete estados brasileiros e no Distrito Federal. Além dos cinco Estados entre os maiores produtores do País – São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso – a competitividade segue no Rio de Janeiro, Paraíba e no Distrito Federal.
O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 59,98% do preço da gasolina, em São Paulo por 62,36%, em Minas Gerais por 62,73% e em Goiás, 64,26%. No Paraná a paridade está em 66,84%, no Rio de Janeiro em 69,42% e na Paraíba em 68,53%.
No Distrito Federal a competitividade com a gasolina está no limite, em 70,05%. Na média brasileira, a paridade é de 63,16% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.
A gasolina é mais vantajosa no Amapá, com a paridade de 97,79% em relação ao preço do etanol.