Os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) em Minas Gerais, a Defensoria Pública e as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton assinaram nesta sexta-feira, 26, em Belo Horizonte termo de compromisso que estabelece que não haverá prescrição de direitos a vítimas do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015, em Mariana.
Segundo o chefe da força-tarefa do MPF que investiga o rompimento da barragem, procurador José Adércio Leite Sampaio, “oportunistas” procuravam atingidos pela tragédia e lhes diziam que haveria prescrição no próximo dia 5, quando a tragédia completa três anos.
“As empresas, de maneira irretratável, afirmam que não há prescrição”, disse. “Para tirar qualquer dúvida, fizemos esse acordo”, acrescentou. Segundo o procurador é preciso que as pessoas não se submetam “a ‘oportunistas’ que tentam ganhar dinheiro com a tragédia”.
O rompimento da barragem matou 19 pessoas e destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana. A lama que vazou da represa atingiu o Rio Doce e chegou ao litoral brasileiro, no norte do Espírito Santo. A Fundação Renova também assinou o termo.