A Vale seguiu ao longo do terceiro trimestre do ano com seu movimento de queda de endividamento. A dívida líquida da fabricante de minério de ferro somou US$ 10,704 bilhões ao fim de setembro, queda de 49% ante o visto um ano antes. Em relação ao visto no segundo trimestre do ano o recuo foi de 7%. O endividamento, assim, se aproxima da meta proposta para 2018: de ter uma dívida líquida de no máximo US$ 10 bilhões.
Com isso, o indicador de alavancagem, medido pela razão da dívida líquida pelo Ebitda, se manteve em 0,7 vez.
A dívida total da Vale chegou em US$ 16,810 bilhões, recuo de 35% ante o observado um ano antes.
Do total da dívida da mineradora, 75% estão contratados em dólar. O prazo médio da dívida aumentou para 9,1 anos no fim de setembro, ante 8,9 anos no fim de junho. A companhia frisa que do total da sua dívida 77% têm vencimento após 2022.
Investimentos
Os investimentos da Vale no terceiro trimestre deste ano somaram US$ 692 milhões, queda de 20% em relação ao visto no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano até setembro os investimentos atingiram US$ 2,287 bilhões, queda de 20,3% em relação ao visto no mesmo intervalo do ano passado. Para o ano a mineradora promete desembolsos de US$ 3,6 bilhões.
A Vale destaca, no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, que do total investido no terceiro trimestre do ano US$ 123 milhões foram destinados para a execução de projetos e US$ 569 milhões na manutenção das operações.
Perda financeira
A perda financeira da Vale no terceiro trimestre do ano chegou em US$ 1,263 bilhão, ante um ganho de US$ 220 milhões no mesmo período do ano passado. No segundo trimestre do ano a perda financeira foi de US$ 3,055 bilhões.
A Vale frisou, no documento que acompanha seu demonstrativo financeiro, que os efeitos não caixa, como os impactos da desvalorização do real, representaram 60% do prejuízo financeiro líquido.