Um vídeo em que o deputado Cabo Daciolo (Patriota-RJ) diz que Marco Feliciano (Pode-SP) tem ligações com a maçonaria fez com que os parlamentares discutissem nesta quarta-feira, 17, durante sessão do Congresso. Feliciano, que é evangélico, foi tirar satisfações com o bombeiro militar.
“Eu disse para ele: ‘O mesmo Deus que disse que você seria o presidente da República foi o que te disse que eu sou maçom, ou seja, não é Deus”, disse Feliciano sobre o ocorrido.
Segundo Daciolo, o vídeo é sobre “as pessoas que estão comercializando a palavra de Deus”.
“Citei ele (Feliciano) e Silas Malafaia como exemplo do envolvimento deles com a maçonaria. Maçonaria essa que está no poder desde sempre no nosso País”, afirmou o bombeiro militar. “Vamos esperar o tempo, Deus vai revelar. Eu só pedi para eles se arrependerem e virem para Jesus e ficarem no primeiro amor, no caminho do senhor Jesus que é amor, não comercializar a palavra de Deus”, disse.
Feliciano afirmou que não há demérito em ser maçom, “só que o evangélico pentecostal não se envolve com a maçonaria”. Disse ainda que o vídeo do candidato à presidência viralizou e o prejudicou fazendo ele perder votos. Ele foi reeleito por São Paulo, com 239.784. Na eleição de 2014 ele teve 398.087 votos.
O deputado do Podemos disse que nunca teve qualquer ligação com a maçonaria e que conhece a instituição por livros. Ele afirmou ainda que tentou confrontar Daciolo antes, mas que o deputado “fugiu”. “É uma lástima porque traz um prejuízo para a comunidade evangélica”, comentou.
Feliciano entrou com uma representação no Conselho de Ética contra Daciolo por causa do vídeo.
Cabo Daciolo pediu anulação do 1º turno das eleições
Com uma campanha marcada por declarações polêmicas e virar alvo de “memes” em redes sociais, o deputado federal Cabo Daciolo (Patriota-RJ) pediu no último dia 10, à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, a anulação do primeiro turno das eleições e a adoção do sistema de cédulas. O parlamentar, que concorreu à Presidência da República, aponta que durante a eleição, “inúmeras denúncias de mau funcionamento” e de “adulteração de grande contingente de urnas” surgiram em todas as regiões do País.
Daciolo encerrou o primeiro turno da eleição presidencial em sexto lugar, com 1,3 milhão de votos (1,26% do total), à frente do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) e da ambientalista Marina Silva (Rede).