Um casal de namorados foi preso apontado pelo assassinato de Dircelene Botelho, de 51 anos, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Dircelene não podia imaginar que teria sua morte inspirada na personagem Laureta, da nova da Rede Globo, Segundo Sol, pela própria filha.
Segundo a Polícia Civil carioca, Dircelene foi assassinada por Paloma Botelho, filha da vítima e Gabriel Molter, namorada de Paloma. Eles a mataram no último dia 2 de outubro por asfixia, utilizando formol, fitas e sacos plásticos.
A dupla, como mostra o vídeo, simulou que Dircelene tivesse tido um mal súbito. O padastro da jovem, no entanto, desconfiou do casal, ao flagrar uma movimentação suspeita, registrada por uma câmera que havia no interior da residência.
Após o assassinato, o corpo da mulher chegou a ser enterrado na quarta-feira seguinte à sua morte. Na ocasião, o óbito foi atestado por um médico desconhecendo o histórico de brigas entre a mãe e a filha, além do fato de que não havia sinais de violência. Posteriormente, após a denúncia do padastro, o corpo foi exumado e as causa do óbito foi constatada.
Filha que matou a mãe no Rio não foram presos por causa do período eleitoral
Três dias após o crime, as prisões de ambos de Paloma e de Gabriel foram expedidas. Não foram presos na ocasião por conta do período eleitoral. No dia seguinte, os dois se apresentaram na 105ª DP (Petrópolis) confessaram o crime e foram liberados, por conta do período de anistia das eleições. Nesta terça-feira, porém, ambos foram capturados. Os dois, ainda conforme informou a Polícia Civil, serão indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado.
A dupla teria começado a planejar o homicídio depois que, segundo depoimento de Paloma aos agentes, ela teria sido obrigada a cometer um aborto no ano passado, conforme informou o site G1, da rede Globo. A mãe da jovem não aprovava o relacionamento.
— Há um fundo passional. Ela disse que ficou grávida e a mãe teria forçado o aborto. Levou a jovem até Cabo Frio e fez com que a jovem fizesse o aborto. Ela (Paloma) coloca essa data como a inicial, em que começa a pensar o que faria para matar a própria mãe — disse ao G1 o delegado Claudio Batista.
Veja vídeo: