Júnio Alves Pereira, de 26 anos, foi visto pela última vez por volta de 17h40 na última quinta-feira (4/10) pela irmã, vestido com camiseta vermelha de listas brancas, bermuda bege e havaianas, sentado em um meio fio na Avenida Porto Rico, no Parque das Nações, em Aparecida de Goiânia. São seis dias de desespero para a família.
Eveline Alves da Silva, de 36, abraçou ele. “Passei meu telefone e pedi para que me ligasse onde ele estivesse.” Ela não sabia, mas não teria mais nenhuma informação sobre o quarto dos cinco filhos de dona Adair Alves Pereira, 55, que está desesperada, sem saber o que fazer diante do desaparecimento do filho.
Usuário de crack, Júnio tentou escapar do vício pedindo à família que o internasse, por diversas ocasiões, em clínicas de recuperação. “Ele já foi internado em vários lugares, em Aparecida ou em Goiânia. Sempre que alguém falava de um lugar bom, que recupera, a gente levava ele. Ou quando ele se afundava nas drogas, ele sempre pedia para ser internado”, conta Eveline.
Eveline se divide com outros irmãos de Júnio, como Aline Pereira Campos, de 35, em busca de pistas. “Ele nunca sumiu assim, sempre estava atrás da gente, da minha mãe”, lembra Aline.
Família de jovem desaparecida procura em delegacias de Aparecida
A família peregrina desde que não se ouviu mais notícia de Júnio por delegacias no Jardim Tiradentes, no Garavelo e no Centro de Aparecida.
“Todo mundo gosta dele na região, ele não costuma brigar, não faz maldade com ninguém”, complementa Eveline, que foi ao Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas encontrou uma única resposta: “não tem ninguém com este nome aqui.”
A família buscou, também, no Instituto Médico Legal (IML), em lugares em que corpos são abandonados depois de mortos, como na Serra das Areias e Córrego das Pedras.
Para o Portal Dia Online, a escrivã do 6º Distrito de Polícia, Ariana Simão, informou que policiais estão em busca de informações. “Desde o dia em que fomos comunicados fizemos diligências. Nesta quarta, inclusive, ouvir algumas pessoas. Quando soubemos que ele é usuário de drogas, pedimos aos policiais para que fossem em bocas de fumo na região.”