Um suspeito de participação no latrocínio da empresária Shirley Gonçalves da Silva, de 37 anos, foi ouvido pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (4/10).
Enquanto o corpo de Shirley era velado e sepultado no cemitério Jardim da Paz, o homem de 24 anos negava o crime mesmo que as características dele tenham sido idênticas às apresentadas pelas testemunhas. É que policiais militares abordaram o suspeito na rua, no meio do aglomerado de curiosos, logo após o crime.
Segundo o delegado do 4º Departamento de Polícia de Aparecida de Goiânia (4ºDP), Diogo Luiz Barreira Gomes, o homem mora a poucas ruas abaixo da residência da família.
Com passagens pela polícia por roubo e furto, ele disse que não conhecia a família, mas que soube que a mulher tinha sido morta. “No dia da ocorrência ele estava na rua. Vou confirmar com as impressões digitais que os criminosos deixaram no local”, disse o delegado, que contou que encontrou maconha na casa do suspeito do latrocínio.
Caso da empresária
Shirley chegava em casa com o marido e os dois filhos depois de um jantar quando foi surpreendida com criminosos dentro da residência na madrugada de quinta-feira (4/10).
Assustado com a movimentação, o filho caçula, de quase dois anos, começou a chorar. Shirley tentou acalmar a criança quando foi morta a tiros, na casa que fica na rua Gago Coutinho, no setor Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela foi atingida com um tiro na cabeça.
Dois assaltantes, que já haviam encontrado dinheiro na casa, esperavam o casal utilizando no rosto o que parecia uma camiseta e um capacete, para evitar reconhecimento. “Eles tinham roubado, mas queriam mais porque sabiam que a família guardava dinheiro em casa”, contou o delegado.
Ainda conforme o delegado contou ao Portal Dia Online, os bandidos levaram R$ 7 mil reais, valor que seria destinado à Folha de Pagamento dos funcionários do Restaurante que fica no setor Garavelo.
Ainda segundo o delegado, os homens chegaram a pé e, na fuga, levaram a moto do casal, uma CG vermelha. “Mas eles abandonaram o veículo perto de um córrego, junto com o celular e roupas das vítimas”, complementa Diogo.
“Foi uma crueldade. Ela baixou para pegar a criança e os homens atiraram. Pode ser que ela tenha identificado um deles”, revela o delegado que, para entender a dinâmica do crime, ouviu o filho do casal mais velho, um adolescente de 14 anos, levado por familiares à delegacia.
Empresária, Shirley era dona de um restaurante fast food, em que servia, entre outros pratos, esfirras. Segundo a Polícia Civil, ela foi baleada depois de a criança de pouco mais de 2 anos começar a chorar, assustado com a violência dos ladrões.