O ex-presidente da Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop), Jayme Rincón, preso desde a última sexta-feira (28/9) pela Operação Cash Delivery, conseguiu o habeas corpus e deve ser liberado da prisão ainda hoje. A soltura foi concedida no início da noite desta sexta-feira (5/10) pelo desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF-1). De acordo com o desembargador, “os elementos de prova até então coletados são suficientes à investigação da autoria, sem necessidade, por hora, de segregação cautelar do paciente”.
Durante a operação, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público federal (MPF), foi apreendido mais de R$ 1 milhão. Foram presos na ação o ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, também coordenador de campanha de José Eliton (PSDB); Rodrigo Rincón, filho de Jayme; o policial militar Márcio Garcia de Moura; o ex-policial militar e advogado Pablo Rogério de Oliveira e o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior.
O empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior e Rodrigo Godoi Rincón, filho de Jayme Rincón, já haviam conseguido habeas corpus. Já o motorista de Jayme e policial, Márcio Garcia de Moura, foi preso preventivamente por tempo indeterminado.
Operação Cash Delivery
A Operação Cash Delivery foi desencadeada a partir de investigação depois de delação de executivos da Odebrecht, que alcança empresários, agentes públicos e doleiros pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis e Aruanã, Campinas e São Paulo.
Durante a ação, foram apreendidos R$ 940.260 na casa de Márcio Garcia de Moura, policial militar e motorista de Jayme Rincón. Outros R$ 79 mil foram apreendidos na casa de Jayme, além de 2,4 mil euros, 80 libras esterlinas, 101 dólares e 15 pesos argentinos.