O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (AGETOP), Jayme Rincón, e o motorista de Jayme e policial militar, Márcio Garcia de Moura, presos preventivamente na operação da Polícia Federal realizada em Goiás, Operação Cash Delivery, tiveram as prisões transformadas em temporárias, por decisão da Justiça Federal.
A decisão da Justiça também determinou a prorrogação da prisão temporária do empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior e de Rodrigo Godoi Rincón, engenheiro civil e filho de Jayme Rincón.
Além disso, está autorizada a ampliação do pedido de quebra de sigilo às Declarações de Regularização Cambial e Tributária (DECART) dos investigados pela Operação Cash Delivery, da Polícia Federal (PF).
Assim será possível localizar recursos não declarados mantidos no exterior. O sigilo do caso foi suspenso e agora, apenas os dados bancários e fiscais dos suspeitos não serão revelados.
Operação Cash Delivery
Na manhã da última sexta-feira, 28 de setembro, sob a supervisão do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (MPF) em Goiás, foi deflagrada pela Superintendência de Polícia Federal em Goiás (PF/GO) a Operação Cash Delivery, para cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 11ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis, Aruanã, Campinas (SP) e São Paulo.
O Objetivo foi colher provas da prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa atribuída ao ex-senador e ex-governador e candidato ao Senado, Marconi Perillo, em colaborações premiadas de executivos da Odebrecht. São investigados os destinos de aproximadamente R$12 milhões de reais.
A Operação Cash Delivery é um desdobramento das investigações da Operação Lava Jato e decorre de acordos de leniência e colaboração premiada firmados pelo MPF Federal com a Odebrecht e seus executivos.
Quando ainda era senador e, depois, também como governador, Marconi Perillo solicitou e recebeu propina no valor de, em 2010, R$2 milhões e, em 2014, R$10 milhões de reais, em troca de favorecer interesses da empreiteira relacionados a contratos e obras no Estado de Goiás.
Além de Marconi Perillo, foram alvos da operação o presidente da Agetop, Jáyme Eduardo Rincón, o filho dele, Rodrigo Godoi Rincón, o policial militar Márcio Garcia de Moura, o ex-policial militar e advogado Pablo Rogério de Oliveira e o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior.